O Comitê Olímpico Internacional (COI) revelou na última quarta-feira (1º) que o presidente Thomas Bach foi vítima de uma sofisticada fraude utilizando inteligência artificial (IA). Segundo comunicado oficial, um golpista estaria se passando pelo dirigente olímpico para estabelecer contato com políticos e figuras voltadas aos esportes olímpicos.
De acordo com o documento divulgado, as ações incluíram o uso de contas falsas no WhatsApp e Telegram, além de mensagens de e-mail. Em uma das estratégias, foi usada uma voz falsa criada por IA (deepfake) para imitar Thomas Bach e enganar pessoas de “alto escalão” em diferentes setores.
“O Comitê Olímpico Internacional (COI) foi informado de uma campanha envolvendo duas contas falsas no WhatsApp e Telegram, juntamente com mensagens de e-mail se passando pelo presidente do COI, Thomas Bach. Eles estão contatando pessoas de alto escalão de várias esferas da vida, incluindo políticos seniores e autoridades do Movimento Olímpico. Entre outros meios, a campanha usa uma voz profundamente falsa (deepfake) que se passa pelo presidente do COI, que foi criada usando Inteligência Artificial (IA)”, divulgou o COI em nota.
O fraudador, em uma de suas ações, chegou a tentar entrar em contato diretamente com Thomas Bach, fingindo ser um político de alto escalão. Contudo, a tentativa foi frustrada, sem qualquer sucesso.
Diante da gravidade e sofisticação do esquema, o COI alertou que a fraude estava atingindo um número considerável de pessoas influentes. A entidade enfatizou a importância de que todos os envolvidos no Movimento Olímpico e nas esferas políticas fiquem atentos a tentativas de contato suspeito, para evitar que situações semelhantes aconteçam no futuro.
Leia a nota oficial completa abaixo:
“O Comitê Olímpico Internacional (COI) foi alertado sobre uma campanha envolvendo duas contas falsas no WhatsApp e Telegram, além de e-mails que imitam o presidente do COI, Thomas Bach. Essas contas entram em contato com pessoas influentes de diversas áreas, incluindo políticos seniores e oficiais do Movimento Olímpico.
A campanha utiliza, entre outros métodos, uma voz falsificada (deepfake) que imita a voz do presidente do COI, criada com Inteligência Artificial (IA).
O objetivo da campanha parece ser obter informações confidenciais, envolver pessoas em conversas sensíveis e acessar sistemas sem autorização. O perpetrador desconhecido tentou acessar dados do presidente do COI, se passando por um político de alto escalão, sem sucesso.
O COI alertou seus stakeholders sobre essa campanha. Devido à sua amplitude e sofisticação, alcançando diversas pessoas influentes, o COI solicita vigilância extrema.
O COI, seu presidente e os Jogos Olímpicos já eram alvos de desinformação e difamação antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O COI já havia alertado o público sobre essa situação em várias ocasiões.”
Bahia Notícias