O presidente do Vasco, Alexandre Campello, foi acusado pelo ex-vice de patrimônio, Luiz Gustavo, de pegar R$ 160 mil da receita de jogos do clube. O antigo dirigente era um dos 13 ligados à chapa Identidade Vasco, que deixou o Cruz-Maltino no último sábado (5). Em entrevista ao GloboEsporte.com, ele contou que o mandatário da agremiação carioca solicitou R$ 40 mil do lucro do jogo contra o Universidad Concepción, mais R$ 40 mil do lucro do duelo com o Jorge Wilstermann, além de R$ 80 mil do lucro da final do Campeonato Carioca, contra o Botafogo.
“Após o jogo Vasco x Concepcion, dia 7 de fevereiro, ao apresentar o borderô ao presidente, como de costume, ele solicitou a quantia de 40 mil reais do lucro do jogo como empréstimo. Fato idêntico ocorreu na semana seguinte, após o jogo Vasco x Jorge Wiltermann, com o mesmo valor. No dia 7 de abril, um dia antes da final Vasco x Botafogo, no Maracanã, o presidente determinou que separasse o dobro, ou seja, 80 mil reais”, afirmou Luiz Gustavo.
Ele ainda relatou a cena que teria ocorrido. “Só que dessa vez, além de pedir segredo total, mandou eu entregar a quantia na concentração, no dia do jogo, durante o almoço. Mais estranho ainda: ao encontrá-lo no almoço, ele mandou colocar o dinheiro no banco de trás do carro dele sem que ninguém percebesse, nem os seguranças. Nessa última operação, procurei o vice de finanças (Orlando Marques) e contei o que estava acontecendo. Ele me orientou a documentar todo o fato. Só que tive que viajar para Buenos Aires para preparar o jogo contra o Racing, pois era um jogo de risco. No dia do jogo na Argentina, durante o almoço no hotel, o presidente me informou que devolveria os 160 mil reais, pois estaria entrando naquela semana o dinheiro referente à venda do jogador Douglas”, contou.
Luiz Gustavo ainda falou sobre a reação de Campello quando o recibo do empréstimo foi emitido no nome dele. “Ele ficou diferente depois que soube que eu mandei colocar o nome correto no recibo da devolução, ou seja, o dele. A partir de então, começaram os rumores sobre a intervenção dele na operação de jogo, inclusive com a contratação de novas empresas. É importante ressaltar que o dinheiro foi devolvido por ele à tesouraria enquanto eu estava em viagem. Só fiquei sabendo que o recibo estava em meu nome pelo funcionário da tesouraria, quando retornei”, finalizou.
O presidente Alexandre Campello ainda não se pronunciou sobre a acusação de Luiz Gustavo.
Bahia Notícias