A Arena Aquática de Salvador, prestes a completar seis anos de atividade no próximo domingo (22), é um marco na promoção dos esportes aquáticos na Bahia. Com uma piscina que já sediou os Jogos Olímpicos Rio 2016 e que foi doada à cidade, e uma semiolímpica, o complexo oferece estrutura de ponta para atletas de alto rendimento, projetos sociais e eventos esportivos de alcance estadual, nacional e internacional.
Segundo Edvaldo Valério, coordenador da Arena Aquática, o espaço é voltado para diversos públicos, tendo um projeto social que atende mais de 1 mil pessoas por ano, oferecendo atividades gratuitas para iniciantes, pessoas em busca de aperfeiçoamento e também para aqueles que visam alta performance.
“A inclusão também é destaque, com atendimento a crianças a partir de seis anos e público PCD (pessoas com deficiência), incluindo autistas e amputados. Além de projetos sociais, a piscina olímpica é usada por atletas de alto rendimento que representam tanto a Arena quanto outros clubes da cidade e do estado. Atualmente, cerca de 400 a 500 atletas utilizam o espaço, incluindo nossa equipe própria, que compete em cenários estaduais, regionais e nacionais”, comenta Valério.
A Arena já foi palco de competições de destaque, como campeonatos estaduais, regionais, brasileiros e até internacionais, como o Sul-Americano de Polo Aquático. Para Valério, a localização estratégica do equipamento (fica no bairro da Pituba), com proximidade a complexos hoteleiros e infraestrutura turística, torna o espaço atrativo para sediar grandes eventos.
Além disso, continua ele, a Arena desempenha papel importante na formação de talentos. Um dos exemplos mais inspiradores é de um jovem morador do Nordeste de Amaralina que iniciou no projeto social da Arena e hoje treina nos Estados Unidos, impulsionado pela base oferecida em Salvador.
Motivação – Entre os frequentadores da Arena, está a psicopedagoga aposentada Anita Matos Santana, de 72 anos. Ela, que é atleta da equipe master, começou a nadar aos 45 anos após levar os filhos para a natação “Enquanto esperava, decidi nadar para não ficar ociosa. Hoje, tenho quatro troféus consecutivos de melhor do ano em águas abertas na minha categoria”, conta.
Frequentando o espaço há cerca de três anos, Anita diz que o que a motivou a ir aos treinos foi a estrutura e os técnicos que, na avaliação dela, são excelentes profissionais.
“Contribuiu para uma evolução na natação. Depois que comecei a treinar lá, participei de vários eventos, tanto no Brasil quanto fora do país. Eu treino todos os dias, de segunda a sábado, às 6 horas da manhã. É uma dedicação que faço questão de manter porque gosto muito da natação e me dedico ao esporte”, diz.
“Graças à Arena, participei de competições como o Pan-Americano e o Sul-Americano, além de eventos nos Estados Unidos, na Colômbia, no Paraguai, na Suécia, em Dubai e no Egito. Todas essas competições aconteceram depois que comecei a treinar na Arena. Felizmente, tive bons resultados e conquistei êxitos importantes”, completou.
Com 74 anos, Alberto Souza é o mais velho da Federação Baiana de Natação e um dos alunos mais antigos na Arena Aquática, estando lá desde sua fundação. Participando de competições como a Travessia Salvador-Itaparica, ele acumula vitórias e troféus que são frutos do seu desempenho na categoria Máster J.
A Arena, segundo ele, não é apenas um espaço de treinamento, mas também um celeiro de talentos e uma ferramenta de inclusão que transforma vidas.
“A Arena Aquática é, sem dúvidas, um dos centros esportivos mais importantes do Brasil. Localizada em um lugar privilegiado e com uma equipe formada por cerca de 100 atletas, ela desempenha um papel essencial na natação baiana. Atualmente, nossa equipe está entre as três melhores da Bahia”, comenta Alberto.
Devido a sua excelente estrutura, a Arena atende uma alta demanda para novos alunos. Cada processo de sorteio para o projeto social recebe em média 10 mil inscritos para 1 mil vagas. A meta para 2025, no entanto, é ampliar essa oferta, tanto para iniciantes quanto para atletas de alto rendimento, garantiu Valério.
Foto: Vitor Santos/ Secom PMS