A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretária do Planejamento (Seplan), sistematizou dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) e analisou informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca) sobre os aspectos do câncer de mama no âmbito Bahia e Brasil.
O câncer de mama é um importante problema de saúde pública. É a neoplasia maligna mais incidente na população feminina mundial e brasileira, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma, e também uma das principais causas de morte por câncer em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
No Brasil, em 2017, as neoplasias malignas respondiam por 12,6% do total de óbitos de homens e 15,4% de óbitos de mulheres. Analisando, exclusivamente os tipos de neoplasias por gênero, nos homens o câncer de proposta respondia por 19,3% dos óbitos, e enquanto que nas mulheres o câncer de mama respondia por 16,7% dos óbitos em 2017 segundo os dados (Datasus, 2019).
De acordo com o Inca (2019), para o Brasil as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% dos cânceres em mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. E já para a Bahia, a estimativa é de 2.870 casos novos em 2019, refletindo em uma taxa de 36,72 a cada 100 mil mulheres. Essa última taxa era inferior quando comparada a Salvador, onde a expectativa era de 1.020 novos casos em 2019 e com incidência de 65,24 a cada 100 mil mulheres.
Nesse contexto, pesquisas diversas apontam alguns fatores desencadeadores do câncer de mama (INCA, 2017), entre eles vale destacar:
• idade da primeira menstruação menor do que 12 anos;
• menopausa após os 55 anos;
• mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos;
• primeira gravidez após os 30 anos;
• uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal na menopausa, especialmente se por tempo prolongado;
• exposição à radiação;
• consumo de bebidas alcoólicas;
• dietas hipercalóricas;
• sedentarismo;
• predisposição genética.
O Ministério da Saúde, por meio da publicação “Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil”, recomenda a identificação da doença em estágios iniciais por intermédio das estratégias de detecção precoce, pautadas nas ações de rastreamento (identificação do câncer de mama em indivíduos assintomáticos) e diagnóstico precoce (identificação do câncer de mama em indivíduos sintomáticos).
Na Bahia, em 2017, o câncer de mama vitimou 12,8 mulheres a cada 100 mil. Foi a principal causa de morte em mulheres baianas, atrás apenas dos problemas de coração.
Fonte: Ascom da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)