De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), Dallagnol “está se desligando da força-tarefa para se dedicar a questões de saúde em sua família”.
Em vídeo divulgado no Youtube, Dallagnol citou regressão no desevolvimento da filha, que tem 1 ano e 10 meses. E disse que precisará se dedicar mais à família.
Fontes ouvidas pela Record TV afirmam, no entanto, que esta seria uma forma de resolver dois problemas.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, teria condicionado a renovação da operação, que vence na semana que vem, à saída de Dallagnol. E com a saída, saem do foco os processos que correm contra o procurador no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Com a saída anunciada, o procurador da República no Paraná Alessandro José Fernandes de Oliveira deve assumir as funções antes exercidas por Deltan Dallganol, informa o MPF em nota oficial.
“Deltan desempenhou com retidão, denodo, esmero e abnegação suas funções, reunindo raras qualidades técnicas e pessoais. A liderança exercida foi fundamental para todos os resultados que a operação Lava Jato alcançou, e os valores que inspirou certamente continuarão a nortear a atuação dos demais membros da força-tarefa, que prosseguem no caso”, diz a nota.
Histórico
O procurador Deltan Dallagnol tornou-se um dos nomes de destaque da força-tarefa que em pouco mais de seis anos realizou 73 operações, condenou mais de uma centena de pessoas e recuperou bilhões de reais aos cofres públicos.
Formado em direito pela Universidade Federal do Paraná, Dallagnol iniciou a carreira como procurador da República em 2003, quando passou a integrar o Ministério Público Federal. Fez mestrado na Harvard Law School.
O destaque pela liderança da operação também foi acompanhado de críticas e polêmicas. Em 2016, Dallagnol apresentou um arquivo em Power Point que apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como comandante do esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato. Um slide ligava diversos supostos crimes ao nome do ex-presidente.
O fato rendeu uma denúncia da defesa de Lula alegando desvio de função. A queixa foi arquivada pelo Conselho Nacional do Ministério Público em agosto. Os conselheiros entenderam que o caso já prescreveu, mas, ainda assim, fizeram críticas ao procurador.
A atuação do coordenador da principal operação contra corrupção no país também foi alvo de denúncias de políticos como Kátia Abreu (PDT-TO) e Renan Calheiros (MDB-AL) que pediram seu afastamento.
Em um deles, feito por Calheiros, apura-se se Deltan Dallagnol cometeu irregularidade e interferiu na disputa à presidência do Senado com postagens contra o senador.
O processo aberto a partir do pedido da senadora Kátia Abreu destaca que Dallagnol já foi alvo de 16 reclamações disciplinares no conselho, realizou palestras remuneradas e fechou acordo com a Petrobras para que R$ 2,5 bilhões recuperados fossem direcionados para uma fundação da Lava Jato.
As foram suspensas pelo ministro Celso de Mello, que acolheu argumento de Dallagnol de que instâncias disciplinares já tinham absolvido ou arquivado o caso, e que não se respeitava o devido processo legal. No caso de Calheiros, Mello também destacou que membros do Ministério Público não perdem sua liberdade de expressão em razão do cargo.
R7
De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), Dallagnol “está se desligando da força-tarefa para se dedicar a questões de saúde em sua família”.
Em vídeo divulgado no Youtube, Dallagnol citou regressão no desevolvimento da filha, que tem 1 ano e 10 meses. E disse que precisará se dedicar mais à família.
Fontes ouvidas pela Record TV afirmam, no entanto, que esta seria uma forma de resolver dois problemas.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, teria condicionado a renovação da operação, que vence na semana que vem, à saída de Dallagnol. E com a saída, saem do foco os processos que correm contra o procurador no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Com a saída anunciada, o procurador da República no Paraná Alessandro José Fernandes de Oliveira deve assumir as funções antes exercidas por Deltan Dallganol, informa o MPF em nota oficial.
“Deltan desempenhou com retidão, denodo, esmero e abnegação suas funções, reunindo raras qualidades técnicas e pessoais. A liderança exercida foi fundamental para todos os resultados que a operação Lava Jato alcançou, e os valores que inspirou certamente continuarão a nortear a atuação dos demais membros da força-tarefa, que prosseguem no caso”, diz a nota.
Histórico
O procurador Deltan Dallagnol tornou-se um dos nomes de destaque da força-tarefa que em pouco mais de seis anos realizou 73 operações, condenou mais de uma centena de pessoas e recuperou bilhões de reais aos cofres públicos.
Formado em direito pela Universidade Federal do Paraná, Dallagnol iniciou a carreira como procurador da República em 2003, quando passou a integrar o Ministério Público Federal. Fez mestrado na Harvard Law School.
O destaque pela liderança da operação também foi acompanhado de críticas e polêmicas. Em 2016, Dallagnol apresentou um arquivo em Power Point que apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como comandante do esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato. Um slide ligava diversos supostos crimes ao nome do ex-presidente.
O fato rendeu uma denúncia da defesa de Lula alegando desvio de função. A queixa foi arquivada pelo Conselho Nacional do Ministério Público em agosto. Os conselheiros entenderam que o caso já prescreveu, mas, ainda assim, fizeram críticas ao procurador.
A atuação do coordenador da principal operação contra corrupção no país também foi alvo de denúncias de políticos como Kátia Abreu (PDT-TO) e Renan Calheiros (MDB-AL) que pediram seu afastamento.
Em um deles, feito por Calheiros, apura-se se Deltan Dallagnol cometeu irregularidade e interferiu na disputa à presidência do Senado com postagens contra o senador.
O processo aberto a partir do pedido da senadora Kátia Abreu destaca que Dallagnol já foi alvo de 16 reclamações disciplinares no conselho, realizou palestras remuneradas e fechou acordo com a Petrobras para que R$ 2,5 bilhões recuperados fossem direcionados para uma fundação da Lava Jato.
As foram suspensas pelo ministro Celso de Mello, que acolheu argumento de Dallagnol de que instâncias disciplinares já tinham absolvido ou arquivado o caso, e que não se respeitava o devido processo legal. No caso de Calheiros, Mello também destacou que membros do Ministério Público não perdem sua liberdade de expressão em razão do cargo.
R7