Os efeitos do isolamento social imposto no país para conter a pandemia da covid-19 se refletiram nos dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de abril, divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na série com ajuste sazonal, as taxas foram negativas em 13 das 15 regiões pesquisadas, com oito delas apresentando o pior resultado da série histórica, iniciada em 2002, assim como o resultado nacional, que apresentou queda de 18,8% da atividade industrial de março para abril de 2020.
As maiores quedas ocorreram no Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%), São Paulo (-23,2%) e Rio Grande do Sul (-21,0%). Espírito Santo teve queda de 16,7%, Minas Gerais de 15,9%, Santa Catarina recuou 14,1% e Rio de Janeiro teve a produção 13,9% menor do que o mês anterior. Completam a lista dos índices negativos da PIM Pernambuco, com queda de 11,7%, e Mato Grosso, que recuou 4,3%.
Tiveram resultados positivos apenas o Pará, com crescimento de 4,9% na comparação com março, e Goiás, que subiu 2,3%. Os dois estados voltaram a crescer após apresentar queda no mês anterior, de -14,4% e -2,5%, respectivamente. Pará cresceu em abril de 2020 37,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e o Goiás subiu 0,4%.
No trimestre encerrado em abril de 2020, o índice da indústria caiu 8,8% na comparação com o trimestre encerrado em março.
Em relação a abril de 2019, a queda na produção industrial nacional foi 27,2%, a mais intensa da série histórica, assim como em nove dos 15 locais pesquisados. As mesmas 13 regiões tiveram queda nos índices na comparação anual: Amazonas (-53,9%), Ceará (-53,0%), Rio Grande do Sul (-35,8%), Região Nordeste (-33,1%), São Paulo (-31,7%), Santa Catarina (-30,8%), Paraná (-30,6%), Pernambuco (-29,1%), Bahia (-26,5%), Espírito Santo (-23,9%), Minas Gerais (-20,4%), Mato Grosso (-11,6%) e Rio de Janeiro (-5,4%).
No acumulado do ano, a média nacional está com queda de 8,2%. O recuo foi de 15,9% no Espírito Santo, de 14,2% no Amazonas, de 14,1% no Ceará, de 13,2% no Rio Grande do Sul, de 11,8% em Santa Catarina, de 11,4% em Minas Gerais e de 10,3% em São Paulo.
Também com queda, mas menor do que a média nacional, ficaram o Paraná (-6,2%), Região Nordeste (-5,1%), Mato Grosso (-4,4%), Pernambuco (-3,0%), Bahia (-1,8%) e Goiás (-0,7%). Tiveram resultado positivo no acumulado do ano apenas o Rio de Janeiro, com alta de 6,1%, e o Pará, que cresceu 5,8% em 2020 na comparação com o mesmo período de 2019.
No acumulado dos últimos 12 meses, o recuo na média nacional foi 2,9% em abril de 2020.
Agência Brasil