A produção industrial brasileira cresceu pelo sétimo mês consecutivo em novembro e eliminou as perdas do momento mais crítico da pandemia. Os dados constam da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), divulgada nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador registrou alta de 1,2% frente a outubro.
Somado aos crescimento de maio a outubro, o setor alta de 40,7%, o que elimina a perda de 27,1% entre março e abril, meses em que o isolamento social foi mais rigoroso por conta da pandemia do novo coronavírus e fez a indústria atingir o nível mais baixo da série.
Com isso, o setor está 2,6% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro.
Em novembro, segundo o IBGE, todas as grandes categorias apresentaram crescimento na comparação com outubro. Vale destacar o desempenho de Bens de capital (7,4%) e Bens de consumo (6,2%), que tiveram as maiores taxas positivas.
Esse é o sétimo mês seguido de alta na produção de ambas as categorias, que acumulam crescimento de 129,% e 550,7%, respectivamente.
De acordo com o IBGE, o setor de Veículos automotores, reboques e carrocerias segue como maior influência da indústria nacional. A atividade apresentou alta de 11,1% em novembro e, após quedas nos meses mais críticos da pandemia, agora acumula crescimento de 1.203,2% em sete meses consecutivos, superando em 0,7% o patamar de fevereiro, anterior a pandemia.
A magnitude do crescimento, somada à importância do setor automotivo na indústria no geral, também reflete em outros ramos. Isso porque a produção de veículos influencia atividades como metalurgia, com estímulo da produção de aço, e outros produtos químicos, área que engloba tintas de pintura, por exemplo.
Os dois setores também tiveram alta em novembro, de1,6% e 5,9%, respectivamente. “É a tendência deste período de retomada da produção após os meses mais rigorosos de isolamento”, afirma Macedo, sobre o crescimento no setor de veículos.
Outras atividades tiveram papel importante no resultado da indústria em novembro, como Confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,3%), Máquinas e equipamentos (4,1%), Impressão e reprodução de gravações (42,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (7,9%), Bebidas (3,1%), Produtos de metal (3,0%) e Outros equipamentos de transporte (12,8%).
Por outro lado, entre as nove atividades que tiveram queda, os principais impactos negativos foram: Produtos alimentícios (-3,1%); Indústrias extrativas (-2,4%) e Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,8%).
R7