Alisamentos e tinturas podem causar inflamações, queimaduras e até perda dos fios.
Ocupando a terceira posição no ranking global de consumidores de cosméticos, o Brasil está entre o tríplice mercado constituído por Estados Unidos (1º) e Japão (2º),de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), correspondendo a 1,8% do PIB brasileiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Presentes em utensílios como maquiagens, itens de higiene pessoal e produtos para cabelo, estima-se que apenas a segmentação capilar faça parte de 22% do faturamento desse mercado. Alisamentos, relaxamentos e tinturas, apesar de constituir mercadorias comuns, são exemplos que enriquecem os mercados à custa de consequências para os consumidores, como possíveis danos ao couro cabeludo.
Segundo Dr. Ricardo Pessoa de Sá, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a química presente em alguns utensílios capilares pode causar de inflamações leves no couro cabeludo a queimaduras com cicatrizes e perda definitiva dos fios.
“As dermatites de contato são inflamações cutâneas causadas pelo contato com substâncias químicas, que mesmo leves, podem ser causadas pela propriedade irritativas dos produtos, proveniente de alisantes ou pela presença de alergia pessoal do paciente a parafenilenodiamina”, explica.
Explicando as consequências da aplicação desses produtos, o doutor expõe a perda do brilho, aparência, força e elasticidade por parte dos fios capilares, além das inflamações no couro cabeludo. Para Dr. Ricardo, é necessário teratenção redobrada ao processo de alisamento, pois o produto está entre os mais agressivos ao cabelo, devido à quebra das pontes dissulfeto provocada pelo agente alisante.
“O processo de alisamento baseia-se na quebra de muitas ligações químicas do fio de cabelo, resultando em danos tais como a perda de maciez, movimento, brilho, diminuição da elasticidade e da força, devido ao aumento da porosidade do fio e os danos causados a cutícula. A intensidade dos danos causados pelo agente alisante depende do estado prévio do cabelo como espessura, grau de hidratação e histórico de processos químicos realizados”, quantifica.
Segundo o profissional, danos ouinflamações no couro cabeludoresultam no acúmulo de células mortas, tornando-as visíveis perante a olho nu, fenômeno denominado de caspa. “A renovação celular normal do couro cabeludo é mais rápida que a pele de outras áreas do corpo, ocorrendo a cada 14 dias, contra 21 dias das demais. Essa renovação deve ser feita porque há diversas células mortas que devem ser eliminadas, entretanto, a presença de danos no couro cabeludo acaba expondo essas células mortas”, expõe.
Dermatologista da Clínica Sá e Chieppe Dermatologia, Dr. Ricardo aconselha a aplicação de vaselina sólida no couro cabeludo para evitar o contato direto do alisante, utilização cuidadosa com tempo correto de exposição ao produto e a remoção cuidadosa do produto com xampu neutralizante.
Em relação ao tratamento para o couro cabeludo já danificado, o doutor orienta à procura de um profissional da área para estabelecer os cuidados com os fios. “Um dermatologista irá diagnosticar e tratar o caso a partir do grau de dano causado, com o uso de xampu com bases suaves e aplicações de corticoides tópicos ou sistêmicos”, conclui.
Para conhecer mais sobre o tratamento de danos ao couro cabeludo, entre em contato com a Clínica Sá e Chieppe pelo telefone (71) 99625–5309.