Os professores da rede municipal de ensino de Salvador protestam na manhã desta quarta-feira (12) na Avenida Tancredo Neves, em Salvador. Munidos de bandeiras e cartazes, a categoria critica o reajuste zero e o descaso em relação à educação na capital baiana. Os professores paralisaram as atividades por 48 horas desde esta terça-feira (11), como um dos atos da campanha salarial. De acordo com a APLB Sindicato, estão na pauta de negociação reajuste de 14,5%, progressão por meio da avaliação de desempenho, mudança de nível, licença para aprimoramento profissional, gratificação por estímulo de aprimoramento, licença prêmio ou especial, percentual equivalente para auxílio transporte e alimentação. Os professores pedem também concurso público para Educação, reserva de jornada para professores do Reda, jornada de 40 horas para servidores que atuam em escolas, revisão do processo de eleição para gestores escolares e matrícula durante todo o ano letivo para EJA. Em carta aberta enviada à população de Salvador, os professores explicam que estão lutando por uma educação pública de qualidade. “A situação é grave e os maiores prejudicados com esse descaso são os alunos. Na rede municipal de ensino de Salvador, a má qualidade da alimentação escolar e a sua distribuição inadequada traz transtornos para as crianças, além de ser frequente a falta de gás para o cozimento dos alimentos”, diz o texto. Ainda segundo o documento, falta professores, há dois anos não têm fardamento e que muitas vezes os professores precisam comprar o material didático dos alunos. “Nós, professores, estamos sem reajuste salarial há dois anos e os nossos direitos previstos em lei estão sendo negados pelo prefeito [ACM Neto], que tem se inspirado nas ações do ilegítimo Michel Temer, de quem é forte aliado”, continua a carta. Nesta terça (11), os professores fizeram ato em frente à Secretaria Municipal de Educação (SMED), na Avenida Garibaldi.