Sem pagamento, servidores terceirizados da área de saúde do município do Rio de Janeiro seguem paralisados hoje (12). Em nota, a prefeitura do Rio de Janeiro informou que R$ 12,5 milhões deverão ser repassados para as Organizações Sociais (OSs) nesta quinta-feira. A partir daí, as organizações têm 24 horas para depositar o salário nas contas dos funcionários.
Agentes comunitários de saúde, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, entre outros profissionais, estão sem receber desde outubro. Desde terça-feira (10), eles mantém em funcionamento nas unidades de saúde mais afetadas pela falta de repasses de verbas apenas o mínimo para o atendimento de casos mais urgentes.
De acordo com a prefeitura, os recursos serão remanejados do próprio orçamento da Secretaria de Saúde. Eles serão usados para pagar o salário de novembro de 4.779 agentes comunitários e técnicos de enfermagem. Dentre eles, 2.314 ainda não tinham recebido o mês de outubro, que “agora ficam com os salários em dia”, diz a nota enviada à imprensa.
Em carta aberta à população carioca, os funcionários dizem que mais de 20 mil profissionais de saúde convivem com o atraso salarial desde outubro e com a falta de condições adequadas de trabalho. Os mais afetados são aqueles contratados por organizações sociais (OSs) e organizações não governamentais (ONGs), que recebem recursos da prefeitura para administrar unidades de saúde.
A paralisação, que deveria durar 48 horas até ontem (11), foi mantida. “Ninguém recebeu ainda, seguimos paralisados. Hoje faremos uma nova assembleia”, disse o médico de família e comunidade e diretor de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Rio Janeiro, Carlos Vasconcellos.
Profissionais relataram à Agência Brasil que estão sem dinheiro para pagar transporte para chegar no local de trabalho e que muitos estão sem dinheiro até mesmo para comprar comida.
Nesta quinta-feira, a audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro de conciliação relativa ao dissídio coletivo de greve dos trabalhadores será retomada. A audiência foi suspensa ontem para esperar o posicionamento da prefeitura em relação aos recursos disponíveis para os pagamentos. Para resolver a situação, o prefeito Marcelo Crivella chegou a pedir ajuda ao governo federal, em Brasília
Agência Brasil