Equipe baiana concorre na categoria Inovação em Conciliação de Conflitos. Resultado sairá no dia 18 de fevereiro.
Mediar pequenos conflitos, acalmar ânimos, resgatar laços e reequilibrar relações interpessoais. Este são os objetivos do projeto desenvolvido pela 67ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Feira de Santana), indicado a prêmio na 10ª edição do Prêmio Conciliar é Legal, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Desenvolvido na zona rural da cidade de Feira de Santana, Tanquinho e em São Gonçalo, o projeto vai concorrer na categoria inovação em conciliação de conflitos. O resultado será divulgado em evento que acontece no próximo dia 18 de fevereiro, em Brasília.
O projeto entrou em vigor a pouco mais de um ano e conseguiu dissolver diversos desentendimentos entre alunos e professores, vizinhos e integrantes da comunidade, evitando que estas sobrecarregassem o sistema jurídico. “Notamos que havia uma demanda de dissolução de pequenos conflitos e assim iniciamos o projeto que foi passando por adaptações e está em contínua evolução”, revelou o major André Cavalcante, comandante da 67ª CIPM.
As formações em Direito e Psicopedagogia da tenente Maria de Fátima Pereira e da soldado Karine Dantas, respectivamente, contribuíram para o desenvolvimento do empreendimento. “Nos reunimos com os envolvidos, explicamos todo o trâmite da abertura de processo e, no final, questionamos se eles desejavam formalizar um registro na delegacia. Em todos os casos eles desistiram de prestar queixa”, contou a tenente.
Durante a conciliação algumas etapas são primordiais. As partes realizam uma pesquisa na web para terem conhecimento sobre o assunto e identificam as questões legais envolvidas na discussão. Fazemos a leitura de um clássico nacional com o tema da briga e, após o debate, um jardim é elaborado pelos reclamantes, “para repor as energias e diluir as questões emocionais”, explicou Fátima.
A tenente detalhou ainda outro resultado positivo do projeto, também indicado para o Prêmio Boas Práticas, do Governo do Estado. “Já tivemos até pais que voltaram a estudar depois de acompanharem seus filhos em uma conciliação”, revelou a oficial.