O Projeto Preguiça de Coleira será destaque no Congresso Internacional de Conservação de Xenarthra, que acontece entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro, pela internet. Na ocasião, além de um minicurso, os participantes terão acesso a dados importantes sobre o projeto, que é pioneiro no Litoral Norte da Bahia.
Os interessados podem acompanhar o evento através do site oficial [https://congresse.me/eventos/
Lançado em março, o Projeto Preguiça de Coleira faz um trabalho de proteção desta subespécie que habita a Reserva Sapiranga, no Litoral Norte do estado. A iniciativa é vanguardista no monitoramento realizado na região voltado a preservação da preguiça-de-coleira, que está ameaçada de extinção.
O projeto tocado pelo Instituto Tamanduá e financiado pela Concessionária Litoral Norte (CLN), uma empresa do grupo Invepar, também conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Mata de São João e vem monitorando o comportamento do animal com objetivo de construir um corredor ecológico no seu habitat. Neste momento, nove espécimes estão sendo monitorados. “Além disso, o projeto tem como ação levantar as áreas de ocorrências, e entender quais as principais ameaças que acometem esse animal”, destacou Brisa Cruz, analista de Meio Ambiente da CLN.
Resultados
Há pouco tempo, o Projeto celebrou o nascimento de cinco filhotes na Reserva da Sapiranga. Até os dez meses, eles seguem agarrados às mamães, para em seguida começarem a explorar o mundo sozinhos. A fase adulta é atingida aos três anos de idade. Atualmente, vem sendo realizada a segunda captura das preguiças.
Procedimento onde a equipe de biólogos e veterinários descem as preguiças das árvores, fazem a coleta de sangue, biometria e medições necessárias, para avaliar a saúde do animal. Logo em seguida, a preguiça é devolvida ao ambiente, onde continua sendo monitorada.
“Nós trazemos o animal para o solo para fazer todas as análises de saúde e de genética dessa população das preguiças. Essas informações vão para um plano de manejo nacional e internacional. Todas essas informações são geradas por um grupo de pesquisadores do projeto e que contribuem para a conservação desta espécie”, destacou Flávia Miranda, coordenadora do Instituto Tamanduá.
Após a captura, o projeto continua o monitoramento de espécimes por meio de GPS e VHS. A campanha de captura continua até o final de novembro ou até se completar a captura de 30 espécimes na região. “A relevância desses estudos é justamente para entender o real estado de conservação da espécie”, destacou Brisa.
Sobre a CLN
A Concessionária Litoral Norte (CLN), uma empresa Invepar Rodovias, administra a rodovia BA-099, que compreende a Estrada do Coco (a partir do km 7,7) e a Linha Verde, conectando Lauro de Freitas até a divisa dos estados da Bahia e de Sergipe, com extensão total de 217 km, entre 183 km de rodovias e 35 km de vias de acesso. A concessionária presta serviço para o Governo da Bahia e é fiscalizada e regulamentada pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia. Atualmente, a empresa gera cerca de 400 empregos diretos e indiretos e já repassou mais de R$ 26 milhões em impostos para os municípios da região.