A psoríase, uma doença autoimune não contagiosa, mas que afeta significativamente a pele, as unhas e o couro cabeludo, é um problema cíclico, isto é, com sintomas que vêm e vão de tempos em tempos, e tem afetado cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Por isso, a data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Dia Mundial da Psoríase, tem o objetivo de conscientizar e alertar as pessoas sobre o que é essa condição que acontece devido à predisposição genética, mas também pode ser influenciada por fatores ambientais e escolhas no estilo de vida. O dermatologista do Instituto Bahiano de Imunoterapias (IBIS), Gleison Duarte, explica que é importante falarmos sobre a doença, mas é ainda mais válido destacar as notáveis inovações que transformaram o tratamento desta condição ao longo das últimas décadas.
“A psoríase viu um progresso sem precedentes, graças ao surgimento de terapias altamente eficazes, elevando as metas terapêuticas a níveis inimagináveis. Com a identificação do sistema imunológico como o principal protagonista no ataque às células da pele, unhas e articulações, as imunoterapias começaram a mudar o cenário terapêutico. Assim, o advento dos chamados imunobiológicos rompeu os paradigmas e levou os tratamentos infusionais a notável eficácia e perfil de segurança superior em comparação a outras tecnologias”, afirma.
O sol como aliado
À medida que nos aproximamos do verão, com dias ensolarados em Salvador, é importante reconhecer que a exposição ao sol e um mergulho no mar podem também ser benéficos para muitos pacientes com psoríase. Mas, consultar um médico é fundamental antes de desfrutar desses momentos, assim como seguir as precauções necessárias: evitar os horários de maior incidência de radiação, usar protetor solar, hidratantes e manter-se bem hidratado, é essencial. Isso não apenas pode melhorar o bem-estar dos pacientes, mas também contribuir para a saúde de sua pele.
“Ter uma pele 100% livre de lesões não equivale a uma cura, mas sim a um controle da condição, algo que se assemelha ao tratamento de outras doenças crônicas, como a hipertensão. Terapias modernas, como os avanços em biotecnologia, coexistem harmoniosamente com métodos tradicionais, como exposição solar e banhos de mar, acumulando séculos de conhecimento. Por isso, neste Dia Nacional e Mundial da Psoríase, celebramos os progressos alcançados no tratamento dessa condição e reiteramos o compromisso de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, fornecendo acesso a terapias inovadoras e promovendo a conscientização sobre a psoríase”, conclui.
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Gleison Duarte é dermatologista na clínica IBIS – Salvador, pertencente ao Grupo CITA (Centros Integrados de Terapia Assistida), referência em tratamentos de doenças autoimunes no Brasil e está disponível para entrevistas sobre “Psoríase”.