O desfile das campeãs na Marquês de Sapucaí levantou o público que voltou ao Sambódromo para acompanhar as seis primeiras colocadas no carnaval deste ano.
A primeira a desfilar na noite de ontem (4) foi a Beija-Flor de Nilópolis, sexta colocada no carnaval do Rio. A escola falou sobre Iracema e propôs um desfile com inovações na estrutura das alas, que se misturavam durante o percurso. A proposta não rendeu a pontuação esperada, mas o samba da Beija-Flor foi um dos mais cantados nos desfiles.
Ivete Sangalo foi o trunfo da Grande Rio, quinta colocada, para contagiar a Sapucaí. A escola falou sobre a história da baiana, que estreou no carnaval do Rio na escola de Duque de Caxias.
A Mangueira voltou ao Sambódromo com seu enredo sobre santos, mas sem uma das alegorias. Conforme noticiou o jornal Extra, o carro que trazia as imagens de Jesus e Oxalá causou desconforto na Arquidiocese do Rio. No Facebook, o carnavalesco Leandro Vieira postou uma foto da alegoria sozinha no barracão e disse sentir-se “incompleto”.
Terceiro colocado, o Salgueiro retornou à Sapucaí com seu enredo que carnavalizou o clássico A Divina Comédia. As alegorias e fantasias luxuosas, embaladas pela “furiosa” bateria da escola fizeram com que a agremiação tijucana ficasse apenas dois décimos atrás da campeã do carnaval.
A comissão de frente da Mocidade Independente de Padre Miguel, que ficou em segundo lugar, foi um dos momentos de maior vibração no Sambódromo neste ano. Em seu enredo sobre o Marrocos, a escola fez Aladdin voar em um tapete mágico, utilizando um aeroplano. A agremiação da zona oeste homenageou a vizinha Unidos de Padre Miguel, da Série A, e trouxe para a Sapucaí a primeira porta-bandeira da escola, que se machucou e caiu enquanto se apresentava aos jurados.
Campeã por um décimo, a Portela foi festejada com seu enredo sobre os rios, que quebrou um jejum de mais de 30 anos sem títulos.
Após o final do desfile da Portela, na manhã de hoje (5), houve uma briga e um homem foi baleado.