A gravidez é um sonho compartilhado por muitas pessoas. No entanto, segundo um relatório sobre infertilidade, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1 a cada 6 pessoas (17,5%) no mundo enfrentam dificuldades para engravidar. De acordo com o ginecologista especialista em endometriose e cirurgia minimamente invasiva, Alexandre Amaral, várias condições médicas podem afetar o funcionamento do corpo, dificultando ou impedindo a concepção. “Entre as doenças ginecológicas mais comuns que podem impactar a fertilidade estão a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos, infecções por doenças sexualmente transmissíveis e doenças tubárias”, explica.
1) Endometriose
A endometriose é uma condição inflamatória e crônica que pode atingir até 10% das mulheres em idade reprodutiva, segundo uma publicação da Revista Febrasgo em 2023. Caracterizada pela presença do endométrio (camada interna que reveste o útero) em locais fora da cavidade uterina, como os ovários, trompas e até o intestino, a endometriose pode causar dificuldades para engravidar, por isso o acompanhamento ginecológico especializado é fundamental para as mulheres que desejam passar por uma gestação.
2) Síndrome dos Ovários Policísticos
A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma das condições mais comuns entre mulheres em idade fértil. Essa síndrome provoca desequilíbrios hormonais que interferem na ovulação e na regularidade do ciclo menstrual, dificultando a concepção. Com isso, os ciclos menstruais se tornam mais espaçados e podem surgir sintomas como acne, pele oleosa e excesso de pelos pelo corpo.
3) Miomas uterinos
Entre as condições ginecológicas que podem levar à infertilidade, também estão os miomas. Apesar de nem sempre representarem um risco para a gravidez, eles podem ser problemáticos quando se formam dentro do útero. Nesses casos, os miomas submucosos elevam as chances de abortos recorrentes.
4) DIP (Doença Inflamatória Pélvica)
É uma inflamação no sistema reprodutor feminino, geralmente provocada por microrganismos que entram no corpo pela vagina. Normalmente, possui uma origem polimicrobiana, o que significa que pode ser causada por mais de um agente. Além disso, pode ser consequência de algumas infecções sexualmente transmissíveis não tratadas adequadamente, sendo a transmissão principalmente por meio de relações sexuais. Os sintomas mais comuns incluem dor abdominal, febre e corrimento, que às vezes pode conter sangue.