No momento, o Brasil está em alerta por causa dos diversos casos de febre amarela. Atualmente, já foram registrados casos em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais. Por causa das ocorrências o governo começou uma campanha de vacinação para imunizar a população contra o vírus nos estados que apresentam risco. Na Bahia, a vacinação foi reforçada após a morte de 22 macacos somente este ano. Apesar de ainda não ter sido divulgada a causa das mortes dos macacos, que passam por exames de laboratório, a recomendação dos órgão de saúde é vacinar.
Por mais que a vacina seja segura, existem alguns grupos de risco que não devem se vacinar e precisam passar por consulta médica antes de qualquer decisão. As gestantes, por exemplo, assim como os idosos, doadores de sangue ou quem está passando por algum tratamento de saúde, como a quimioterapia, são pessoas que possuem maior predisposição para apresentar efeitos colaterais graves contra a vacina. A infecção do vírus em mulheres grávidas, mesmo em dose controlada, é perigosa pois pode aumentar a possibilidade de aborto, havendo também um pequeno risco de passar a doença para o bebê na fase final da gestação, ou nos primeiros dias de vida.
Apesar da vacina ser contra indicada para gestantes, existem outros meios de se proteger. Obviamente essas medidas não substituem a imunização que a vacina oferece, mas podem evitar a picada do mosquito causador da doença. As mulheres podem utilizar roupas que cubram mais o corpo, instalar antimosquitos nos cômodos da casa ou utilizar repelentes. Aqueles considerados seguros para mulheres grávidas são feitos à base de dietiltoluamida (DEET). Para que seja seguro, a concentração desse componente deve estar entre 10% e 50%. Existem marcas que possuem fórmulas que podem ser usadas por mulheres nesse estado e também por crianças. A Jonhson’s, por exemplo, oferece uma linha para bebês, bem como a Granado, Off, Repelex e também a Grandes Marcas, que comercializa o Expert Total.
O produto deve ser aplicado em todo o corpo, nas áreas expostas e acima da roupa, não esquecendo regiões como orelhas e nuca. Vale ressaltar que os casos de febre amarela registrados até agora são do ciclo silvestre transmitidos pelos mosquitos Haemagogus e Sabethe. Já o ciclo de doença urbana não acontece no Brasil desde 1942. Como o Aedes Egypt é quem transmite a doença nas cidades a preocupação é que o vírus se espalhe.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que o repelente deve ser aplicado no máximo três vezes ao dia na pele por cima das roupas, nunca por baixo, 15 minutos após o uso de filtros solares, maquiagem e hidratante, nunca próximo aos olhos, nariz, boca ou genitais. Após a aplicação deve-se lavar as mãos e em caso de suspeita de qualquer reação adversa ou intoxicação, lavar a área exposta e, se necessário, procurar o serviço médico e levar a embalagem do repelente.