Nos últimos 40 anos, o percentual de cesarianas quase quadruplicou no Brasil, de acordo com dados do Unicef. A quantidade foi de 15% (número máximo recomendado pela OMS) para os atuais 57%. Os números se basearam na pesquisa Nascer no Brasil e serviram como base para o lançamento da campanha Quem Espera, Espera, que tem como objetivo aumentar os partos espontâneos no País.
O elevado número de cesarianas coloca o Brasil em 2º lugar no mundo em percentual deste tipo de parto. As regiões com maiores quantidades de cesáreas são, em geral, as que possuem melhores índices sociais no País.
A região Norte apresentou um percentual de 47% de partos sendo realizados por cesárea. O Nordeste registrou 51%. Já o Sudeste teve 61% dos partos com esta característica, enquanto o Sul teve 62% e o Centro-Oeste, 63%.
As cesarianas representam 40% dos partos realizados na rede pública de saúde. Já na rede particular, chegam a 84% dos partos.
Na opnião da Chefe da Área de Saúde e Desenvolvimento Infantil do Unicef no Brasil, Cristina Albuquerque, para que esses dados de cesárea caiam no Brasil é necessário que a mulher tenha mais informação e também se modifiquem as práticas médicas.
Campanha da Unicef
Na Campanha Quem Espera, Espera a Unicef alerta pelo direito de nascer na hora certa. O objetivo é dar visibilidade ao tema e sensibilizar os brasileiros, especialmente mulheres e suas famílias, sobre a importância de esperar o trabalho de parto espontâneo.
“Abordar a importância de se esperar pela hora certa de o bebê nascer foi um grande desafio. Como passar um conteúdo tão sério sem soar professoral, nem fazer a mulher se sentir julgada? Falando de igual para igual, nunca de cima para baixo”, comenta Sophie Schonburg, VP de criação da mcgarrybowen.
— O conceito Quem Espera, Espera reforça o quanto paciência é importante em toda gestação, principalmente na etapa final.
R7