O carnaval deve mobilizar mais de 72 milhões de consumidores em todas as capitais do país, de acordo com levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Segundo a pesquisa, 48% dos brasileiros devem fazer alguma compra ou contratação de serviços para aproveitar os dias do feriado. Aqueles que não devem consumir produtos relacionados ao carnaval correspondem a 27% dos entrevistados e 25% estavam indecisos.
Os dados indicam que, apesar da inflação baixa, a sensação é a de que o carnaval está mais caro. A maioria dos entrevistados (51%) acredita que os preços dos produtos e serviços ligados à festa estão mais caros neste ano do que no mesmo período de 2017, segundo a pesquisa. Outros 30% consideram que os produtos e serviços estão na mesma faixa de preço e 15% pensam estar mais baratos.
Dos entrevistados, 32% devem viajar a lazer no período, 27% pretendem viajar para a casa de parentes e amigos e 20% devem participar de eventos na própria cidade onde moram. Aqueles que vão descansar em retiros espirituis somam 4%. Os locais de hospedagem mais comuns são casa de familiares e amigos (46%), hotéis e pousadas (23%) e apartamentos, sítios ou casas alugadas (14%).
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o carnaval representa um grande potencial de consumo para os empresários brasileiros. “Mais do que uma grande festa, o carnaval é um grande negócio, que impulsiona muitos setores da economia. Se, por um lado, o país inteiro está prestes a mergulhar em um longo feriado coletivo, por outro, a indústria do turismo e empresas de comércio e serviços comemoram o enorme alcance da data e se preparam para atender a uma demanda de consumo diversificada”, disse.
Considerando os brasileiros que devem gastar dinheiro no carnaval deste ano, 49% planejam participar de blocos de rua para comemorar o feriado. Outras atividades comuns são as festas em clube ou boates (26%), ensaios de escola de samba (24%), shows em trios elétricos (23%) e desfiles em escolas de samba (20%).
Já o gasto médio por consumidor será de R$ 847, cifra que sobe para R$ 969,10 entre os homens e para R$ 1.185,42 entre as pessoas das classes A e B. A maior parte dos consumidores deve reduzir os gastos com o carnaval ou mantê-los parecidos com os do ano passado: quatro em cada dez (40%) entrevistados planejam gastar menos, 32% vão desembolsar a mesma quantia que em 2017 e 21% pretendem aumentar os gastos. O consumo de cerveja e idas a bares e restaurantes serão os responsáveis pelos principais gastos, apontou a pesquisa.
Os supermercados são os locais que devem concentrar as compras ligadas ao carnaval: 66% dos consumidores devem frequentar algum desses estabelecimentos. Em segundo lugar, aparecem os shopping centers (30%), depois as lojas de rua (30%) e as lojas de departamento (27%).
Planejamento
O levantamento demonstra que os gastos de carnaval sem planejamento podem comprometer as finanças. A maioria (80%) dos foliões disse ter um planejamento para os gastos que farão no feriado, enquanto 20% das pessoas entrevistadas respoderam que vão aproveitar a data sem ter estipulado um teto de gastos ou juntado dinheiro para isso.
Quarenta por cento dos consumidores que terão gastos no Carnaval deste ano admitiram ter o costume de extrapolar o orçamento quando festejam a data, sobretudo com comidas e bebidas (24%), festas (14%) e viagens (12%).
Dados do levantamento apontam que 21% dos brasileiros que tiveram gastos no período do carnaval de 2017 ficaram com o nome sujo devido a pagamentos pendentes. Considerando aqueles que manifestaram a intenção de gastar no feriado deste ano, 31% estão com o CPF em cadastros de inadimplentes.
Agência Brasil