A Polícia Militar (PM) de São Paulo matou quatro suspeitos de roubar um carro na noite de sábado (6), durante suposta troca de tiros no Jaguaré, bairro da Zona Oeste da capital. Dois dos mortos são adolescentes, e os demais ainda não foram identificados. Uma menor de 15 anos, que estava com o grupo, foi apreendida.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), os PMs disseram que revidaram os tiros feitos pelo grupo quando se aproximaram do veículo roubado.
Segundo a pasta, foram apreendidos três revólveres, uma pistola, três celulares, R$ 45 em dinheiro e uma carteira de motorista. Os agentes tiveram suas armas e munições apreendidas para perícia. A investigação ainda solicitou exame residuográfico nos mortos para saber se eles atiraram.
O caso foi registrado na Polícia Civil como morte decorrente de intervenção policial. Como a ação resultou em “homicídio simples” e envolveu policiais militares, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) irá investigar a ocorrência para saber se os agentes agiram de acordo com a lei.
O caso
Pelo relato oficial do caso, informado pela SSP, por volta das 19h30 de sábado cinco pessoas foram flagradas pela PM na Avenida Presidente Altino em um Ford Focus. Os policiais decidiram interceptá-lo, mas o automóvel não obedeceu a ordem de parada.
Em seguida, ainda segundo o registro policial, o carro roubado bateu num muro e os criminosos atiraram contra os PMs, que revidaram.
No tiroteio, de acordo com a versão oficial, morreram no local o adolescente Mateus Damasceno de Sá, de 16 anos, e um homem ainda não identificado. José Jonathan Marques da Costa, de 17, e outro homem sem identificação foram socorridos a hospitais, mas não resistiram aos ferimentos e também morreram.
Uma adolescente que estava com o grupo no carro roubado não teria sido ferida e acabou apreendida pela PM. Ela foi levada ao 91º Distrito Policial (DP), Ceasa, onde seu caso foi registrado como ato infracional por tentativa de roubo. A garota deverá receber medidas socioeducativas na Fundação Casa.
G1