A queda da taxa básica de juros da economia brasileira ao menor patamar da história, 5,5% ao ano, vai obrigar os investidores brasileiros a correr mais risco e aumentar a diversificação para conquistar rendimentos satisfatórios.
O gestor de investimentos da Par Mais, Alexandre Amorim, afirma que a sequência de quedas da Selic já era aguardada. Segundo ele, “brincadeira dos brasileiros mal-acostumados com investimentos líquidos e estáveis que rendiam 1% ao mês acabou”.
“O investidor vai ter que quiser manter a rentabilidade vai ter que buscar por títulos que bloqueiam o dinheiro por algum tempo ou sofrer com a volatilidade e ter um pouco mais de risco na carteira”, orienta Amorim.
Para o diretor comercial da Easynvest, Fabio Macedo, a composição da carteira de investimento segue importante com o cenário atual de corte de juros. “Hoje, com pouco dinheiro você ainda consegue fazer suas diversificações”, garante.
Formação da carteira
De acordo com Amorim, após a criação de uma reserva de emergência “com mais liquidez e segurança do que rentabilidade” os poupadores precisarão se adequar aos moldes dos poupadores de outros cantos do mundo e optar menos pela renda fixa. “O Brasil era atípico”, diz.
“Você vai comprar investimentos que podem oscilar por um bom tempo, mas a probabilidade é de ter uma rentabilidade muito melhor. Vai ter que ter paciência”, explica o gestor de investimentos.
Para os especialistas consultados pelo R7, aparecem agora como boas opções de investimentos para o médio e longo prazo a bolsa de valores e os fundos de investimento, seja ele imobiliário, multimercado e de ações.
“Nesse momento de queda das taxas de juros, a rentabilidade dos fundos imobiliários tende a ficar maiores. Como eles já têm os contratos de aluguel contratados, se você compara a rentabilidade do aluguel com a taxa básica de juros, eles ficam até mais atraentes”, observa Macedo.
R7