A Rádio Nacional do Rio de Janeiro completa hoje (12) 83 anos. Para comemorar, a emissora preparou uma programação especial com entrevistas e materiais de acervo que relembram momentos históricos.
Serão transmitidas narrações marcantes como o Repórter Esso e episódios de programas como o humorístico Balança Mas Não Cai. Ainda em comemoração ao aniversário, os programas locais Revista Rio e Tarde Nacional Rio contarão com uma hora a mais de duração – das 10h às 12h e das 15h às 17h -, respectivamente. Das 20h às 22h, o Sintonia Nacional vai relembrar a história da Nacional com o radialista Osmar Frazão e com o professor Leandro Silveira, além da participação especial de uma das principais cantoras da Época de Ouro do rádio: Ellen de Lima. “A Nacional do Rio de Janeiro é um marco na história das rádios em todo o país, revelando diversos talentos na música, no jornalismo e na dramaturgia”, diz a coordenadora de Produção e Jornalismo da emissora, Cynthia Cruz Pereira.
Durante toda a comemoração, serão veiculados programetes que falam da emissora e de sua importância para a radiodifusão brasileira. “Nesses 83 anos, não podemos esquecer de quem faz essa senhora rádio: de cada profissional que passou e ainda está aqui, trabalhando com dedicação e carinho. E, acima de tudo, do nosso ouvinte. Tenho muito orgulho de fazer parte desse time, de estar na Nacional”, afirma Cynthia Cruz.
Memória
A Gerência de Acervo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) desenvolve ações de preservação e divulgação da memória radiofônica da Rádio Nacional, tornando acessíveis programas de diversos gêneros, como radionovelas, programas humorísticos, esportivos, jornalísticos, musicais e programas de auditório, gravados originalmente em discos de acetato, entre as décadas de 1930 e 1970.
São 83 anos de história construída com sucessos que marcaram época. O veículo lançou a radionovela no Brasil, gênero de grande sucesso e que viria a inspirar as produções de TV, como “Em Busca da Felicidade”, “O Direito de Nascer” e “Jerônimo, o herói do sertão”.
O acervo conta com inúmeros registros, que compreendem, entre várias preciosidades: vozes incorporadas à memória nacional, como a de Heron Domingues, conhecida pelo slogan “Testemunha ocular da História”, do Repórter Esso; episódios do humorístico Balança Mas Não Cai, com os personagens inesquecíveis “primo rico e primo pobre”, vividos respectivamente por Paulo Gracindo e Brandão Filho; performances de astros e rainhas do rádio, que iniciaram suas trajetórias pelos microfones da emissora. Francisco Alves, Emilinha Borba, Marlene, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Ary Barroso e as orquestras com arranjos de Radamés Gnatalli são algumas das celebridades que passaram pela rádio.
Para honrar essa memória e garantir sua preservação, a equipe do Acervo tem executado a inserção e identificação de áudios no sistema digital da empresa, bem como trabalhado na digitalização das fitas de rolo. Fenômenos da radiodramaturgia, como Teatro de Mistério e Grande Teatro estão em processo de digitalização e arquivamento. O programa de entrevistas Nacional 80 já se encontra no sistema MAM da empresa, com entrevistas de Zé Ketti, Dias Gomes, Mário Lago, Ivone Lara, entre outras personalidades.
Agência Brasil