omeçou por volta das 10h30 desta quarta-feira (5), no Cemitério de Nagé, povoado de Maragogipe, no recôncavo da Bahia, a exumação do corpo de Greicy Kelly Santos da Conceição. A menina morreu no dia 30 de julho, aos 5 anos, e em menos de 15 dias, a irmã mais nova e a mãe também morreram apresentando os mesmos sintomas de Greicy.
Como ela foi a primeira a morrer, o caso dela foi classificado como morte natural. Só após o falecimento da irmã e da mãe foi que a polícia passou a suspeitar de envenenamento. Por isso, o delegado Marcos Veloso, que investiga o caso, pediu a exumação do corpo, e foi atendido pela Justiça.
Estão presentes na exumação o delegado Marcos Veloso, o coveiro do cemitério, uma parente da família e diversos profissionais do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Não será necessário levar o corpo à sede do DPT. Os profissionais recolherão o material necessário no próprio cemitério.
A Polícia Civil investiga se um líquido e um chocolate podem ter provocado a morte das vítimas. O material foi encontrado na casa da família. O cachorro da família também morreu.
Depois da perícia feita nos corpos da família, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) solicitou novos testes, pois não considerou o resultado suficiente para atestar a causa das mortes. O resultado dos laudos ainda não saiu.
Caso
A primeira morte registrada foi a de Greicy Kelly, no dia 30 de julho. A menina chegou a ser levada para o um hospital na cidade de São Félix, ao lado de Maragogipe, mas não resistiu.
Em seguida, no dia 6 de agosto, a irmã dela, Ruth Santos da Conceição, de 2 anos, também passou mal. No dia 13 de agosto, a mãe das meninas, Adriane Ribeiro Santana Santos, também teve um mal-estar. As duas foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Maragogipe, mas também não resistiram.
O único sobrevivente da casa é o marido da vítima e pai das crianças, identificado como Jeferson Brandão, que deixou o imóvel após o caso. Ele já foi ouvido pela polícia. De acordo com o delegado Marcos Veloso, o homem estava abalado e negou envolvimento nas mortes.
Segundo os dois médicos que atenderam a família, as vítimas salivavam muito e apresentavam um quadro de hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) quando chegaram às unidades de saúde. Todos os três casos ocorreram em segundas-feiras seguidas.
Conforme informações do delegado Marcos Veloso, titular de Maragogipe, a polícia já periciou a casa onde mãe e filhas moravam e encontrou comprimidos de cloridrato de metformina – medicamento usado por pessoas com diabetes. O material foi encaminhado para perícia.
G1