** Bahia tem maior efetivo de ovelhas e carneiros do país, abrigando 22,1% do total de animais;
** De 2017 para 2018, rebanho de caprinos cresceu pelo 4º ano seguido no estado, que também consolidou sua liderança nacional, com 3,2 milhões de animais (30,2% do total);
** Rebanho baiano de suínos voltou a crescer em 2018 (+2,6%), após sete anos seguidos em queda, e chegou a 1,1 milhão de cabeças;
** O município de Casa Nova tem os maiores rebanhos de ovinos (442,5 mil animais) e caprinos (510,2 mil) do Brasil, e o maior efetivo de suínos da Bahia (28,5 mil animais);
**Em ano majoritariamente positivo para a pecuária, a Bahia teve quedas apenas nos efetivos de bovinos (-1,1%) e de frangos para corte (-1,0%);
** Em 2018, a produtividade do leite na Bahia cresceu pelo 6º ano consecutivo e chegou ao recorde no estado (1,13 mil litros por vaca ordenhada);
** Piscicultura tem ano de baixa em 2018. Frente a 2017, produção baiana de peixes em cativeiro teve a 2ª maior retração do país em números absolutos (-4,5 mil toneladas), e estado caiu de 9º para 12º no ranking nacional.
De 2017 para 2018, o rebanho baiano de ovinos (ovelhas, carneiros e borregos) cresceu pelo 4º ano seguido (+10,2%) e registrou o maior aumento absoluto nos 44 anos da série histórica da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM): mais 386,2 mil cabeças. Chegou, assim, ao recorde de 4.179.667 animais.
Com esse crescimento, a Bahia aumentou ainda mais sua participação no rebanho nacional de ovinos, de 20,4% em 2017 para 22,1% em 2018, consolidando-se como o estado com maior efetivo do país. O Rio Grande do Sul, que até 2015 havia liderado o ranking, teve, de 2017 para 2018, uma queda em seu efetivo (-7,2%), chegando a 3,2 milhões de cabeças (16,8%).
Em 2018, o rebanho brasileiro de ovinos somou 18,9 milhões de animais, mostrando um aumento de 1,8% em relação a 2017.
O rebanho de caprinos (bodes, cabras e cabritos) também foi um destaque positivo da pecuária baiana em 2018.
O efetivo cresceu pelo 4º ano seguido (+9,2%), mostrando o maior aumento em números absolutos dentre os estados (mais 272,1 mil cabeças em um ano) e chegando a 3.231.248 animais em 2018.
Manteve-se, assim, sua liderança nacional histórica. A Bahia abriga 3 em cada 10 caprinos do Brasil (30,2%) e teve ganho nessa participação em relação a 2017 (quando representava 28,8% do total).
O rebanho brasileiro de caprinos somou 10,7 milhões de cabeças em 2018, 4,3% a mais que em 2017.
A região Nordeste tem destaque na criação tanto de caprinos (abriga 93,9% do rebanho nacional) quanto de ovinos (participação de 66,7%), pela maior facilidade de adaptação dessas espécies a climas variados.
Casa Nova, no Norte da Bahia, é o município brasileiro que tem os maiores efetivos de ovinos (442,5 mil animais, 2,3% do nacional e 10,6% do baiano) e caprinos (510,2 mil animais, 4,8% do rebanho brasileiro e 15,8% do baiano).
Juazeiro tem os segundos maiores rebanhos de ovinos e caprinos da Bahia e os terceiros do país (250,5 mil e 246,8 mil animais, respectivamente). Remanso tem o terceiro maior rebanho ovino do estado e o quarto do país (236,9 mil animais) e Curaçá tem o terceiro maior efetivo de caprinos da Bahia e quarto do Brasil (243,4 mil animais).
Após recuar por sete anos seguidos (desde 2011), o rebanho baiano de suínos voltou a crescer entre 2017 e 2018 (+2,6%) e chegou a 1.114.070 de animais, no ano passado.
No estado, o aumento de 28.563 suínos em um ano foi capitaneado pelos municípios de Campo Alegre de Lourdes, cujo rebanho mais que triplicou, passando de 4.218 para 15.395 suínos, entre 2017 e 2018; Casa Nova, que viu o número de animais passar de 18.205 para 28.465 nesse período, e Ibititá, cujo plantel também mais que triplicou, crescendo de 1.813 para 6.546 suínos em um ano.
Casa Nova é o município baiano com maior número de suínos, respondendo por 2,6% do total do estado.
Apesar do aumento no efetivo de suínos, a Bahia manteve-se, em 2018, com a 10ª participação no rebanho nacional, abrigando 2,7% dos 41,4 milhões de animais existentes no Brasil. Santa Catarina tem o maior efetivo (8,0 milhões de suínos, 19,2% do total), seguida pelo Paraná (6,9 milhões de animais ou 16,6% do total).
Outro rebanho que cresceu na Bahia, entre 2017 e 2018, foi o de equinos (+2,7%), chegando a 508.892 animais e mantendo o estado com o terceiro maior efetivo do país (8,8% do total), abaixo de Minas Gerais (874,5 mil equinos, 15,2% do total) e Rio Grande do Sul (527,9 mil, 9,2% do total). O efetivo de equinos no Brasil, em 2018, foi estimado em 5,8 milhões de animais.
O ano de 2018 foi positivo para a maioria dos rebanhos baianos. Dentre os principais efetivos, houve redução no número de animais apenas entre os bovinos (-1,1%) e os galináceos (-0,4%), neste caso especificamente entre os frangos para abate (-1,0%), já que o número de galinhas poedeiras aumentou (+3,6%).
O rebanho de bovinos vem diminuindo na Bahia desde 2014 e chegou em 2018 a 9.923.931 animais, o menor número desde 2002 (quando o efetivo era de 9.856.290 cabeças de bovinos). No Brasil também houve redução pelo segundo ano consecutivo (-0,7%) e o efetivo chegou a 213,5 milhões de bovinos.
O número de galináceos teve o segundo recuo seguido na Bahia, passando de 44,3 milhões para 44,1 milhões de animais, entre 2017 e 2018. A redução foi puxada mais uma vez pelos frangos de corte, abatidos para alimentação (-1,0%), que somaram 37,9 milhões em 2018, frente a 38,4 milhões em 2017.
Já o número de galinhas poedeiras (que produzem ovos), apesar de menos representativo entre os galináceos do estado, cresceu 3,6% de 2017 para 2018, chegando a um efetivo de 6,1 milhões. Foi a segunda alta consecutiva.
Esse crescimento se refletiu numa maior produção de ovos em 2018. A Bahia contabilizou 87,9 milhões de dúzias de ovos de galinha no ano passado, 4,6% a mais que em 2017 (84,1 milhões de dúzias). Foi a maior produção de ovos no estado desde 2006, quando ela havia chegado a 95,7 milhões de dúzias.
Entre Rios é maior produtor de ovos da Bahia, com 16,7 milhões de dúzias em 2018 (19,0% do total) e 50º em nível nacional. O município também tem o maior número de galinhas poedeiras no estado (695,5 mil animais, 11,4% do total).
A produção brasileira de ovos de galinha foi de 4,4 bilhões de dúzias em 2018, um valor 5,4% superior ao obtido em 2017 e o maior na série histórica.
Em 2018, a produtividade do leite na Bahia avançou pelo sexto ano consecutivo (cresce desde 2013) e atingiu 1,13 mil litros por vaca ordenhada, um recorde para o estado em 44 anos (desde 1974).
O aumento de 3,5% em relação a 2017 (quando haviam sido produzidos 1,09 mil litros por vaca ordenhada) se deu em consequência do crescimento na produção de leite, de 876,4 milhões de litros em 2017 para 891,1 milhões de litros no ano passado, frente a uma redução no número de vacas ordenhadas, de 800,6 mil para 786,1 mil animais, no mesmo período.
Entretanto, apesar dos incrementos recentes, a produtividade do leite na Bahia ainda é praticamente a metade da média nacional, de 2,1 mil litros por vaca ordenhada em 2018, e menos de um 1/3 do rendimento dos líderes nacionais nesse indicador: Santa Catarina (3,8 mil litros por vaca) e Rio Grande do Sul (3,4 mil litros por vaca).
O ano de 2018 foi de baixa para a piscicultura baiana. A produção total de peixes em cativeiro no estado ficou em 13,6 mil toneladas, recuando 24,8% em relação à estimada em 2017 (18,1 mil toneladas, que havia sido um recorde para a Bahia).
A redução de 4,5 mil toneladas em um ano foi o segundo maior recuo absoluto dentre os estados, menor apenas que a queda absoluta verificada em Rondônia (menos 8,5 mil toneladas de 2017 para 2018).
Com o resultado de 2018, a Bahia perdeu três posições no ranking nacional da piscicultura, caindo de 9º em 2017 para 12º no ano passado, superada por Goiás (com uma produção de 15,5 mil toneladas em 2018), Rio Grande do Sul (14,2 mil t) e Mato Grosso do Sul (13,9 mil t).
A produção total da piscicultura brasileira foi de 519,3 mil toneladas em 2018, 3,4% maior que a de 2017. O Paraná tem a liderança entre os estados, com 23,4% do total, seguido por São Paulo (9,9%) e Rondônia (9,7%).
Glória, maior produtor baiano de peixes em cativeiro, também teve queda na piscicultura em 2018 (-36,8%), passando de 12,4 mil toneladas em 2017 para 7,8 mil toneladas no ano passado. Com isso, caiu de cai de 3º para 9º lugar no ranking nacional.