A possibilidade de suspensão do recesso parlamentar, para que a Câmara vote a denúncia que a PGR (Procuradoria-Geral da República) deve apresentar contra o presidente Michel Temer nos próximos dias, foi confirmada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quinta-feira (15), em entrevista ao Estadão.
O recesso parlamentar constitucionalmente começa no dia 18 de julho, e existem duas maneiras para suspensão do mesmo. A primeira é protelar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Os parlamentares não podem sair de férias sem aprovar a LDO. A segunda é prevista pela Constituição, a Câmara e o Senado podem aprovar por maioria simples (metade mais um) um requerimento de convocação extraordinária apresentado pelo presidente da República, pelo presidente de uma das duas Casas ou pela maioria dos deputados e senadores.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não tem um prazo determinado para apresentar a denúncia. No entanto, há a expectativa de que isso ocorra na semana que vem. O texto começa a tramitar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, colegiado de maioria governista.