Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) revelou que um remédio comumente usado para tratar hepatite C se mostrou eficaz para impedir os efeitos do vírus da zika. O trabalho, divulgado na última quinta-feira (25) na revista Scientific Reports, afirma que o medicamento conseguiu não apenas restaurar as células neurais infectadas pela zika, como também bloquear a transmissão do vírus para o feto, no caso de gestantes. Testado tanto em camundongos como em culturas de células humanas, o experimento indica que há um potencial tratamento para a doença, o que ainda precisa ser confirmado por pesquisas futuras. De acordo com O Globo, os pesquisadores observaram que tanto a hepatite C quanto a zika pertencem à mesma família viral e apresentaram fortes semelhanças estruturais. Isso os fez traçar hipóteses de que o medicamento chamado sofosbuvir, aprovado e comercializado sob o nome-fantasia Solvadi para tratar e curar hepatite C, também pudesse funcionar contra a zika. Em testes subsequentes usando em modelo de camundongo imunodeficiente infectado por zika, as injeções intravenosas de sofosbuvir reduziram significamente as cargas virais no sangue, em comparação com um grupo placebo. Os pesquisadores enfatizam que suas descobertas são preliminares, com muito mais trabalho a ser feito.
Bahia Notícias