Um medicamento usado no tratamento de HIV tem a capacidade de reduzir significativamente sinais de envelhecimento, como inflamações. Segundo o G1, a informação é resultado de um estudo realizado por norte-americanos com ratos.
“É promissor no tratamento de desordens associadas à idade, incluindo a doença de Alzheimer”, afirmou John Sedivy, principal autor do estudo e professor da Universidade Brown. “E não apenas a doença de Alzheimer, mas muitas outras doenças: diabetes tipo 2, Parkinson, degeneração macular e artrite. Esse é o nosso objetivo”.
Os cientistas ressaltaram que a inflamação relacionada ao envelhecimento é um importante fator para o desenvolvimento de doenças. Eles descobriram que as inflamações em células que não se dividem mais, consideradas velhas, acontecem por falhas no controle de uma sequência genética conhecida como L1. A pesquisa mostrou que a replicação das cópias de DNA de L1 é detectada por uma resposta imune antiviral, que desencadeia a inflamação nas células vizinhas.
Para replicação, as sequências de L1 precisam de uma proteína chamada transcriptase reversa, também necessária na replicação do HIV. Por isso, os pesquisadores testaram seis inibidores da proteína, usados para combate ao HIV.
O primeiro medicamento desenvolvido para tratar o HIV/AIDS, chamado AZT, interrompe a transcriptase reversa do HIV. “Quando começamos a dar este remédio de HIV para camundongos, notamos que eles tinham esses incríveis efeitos anti-inflamatórios”, disse Sedivy.
O pesquisador ressaltou que são necessários ensaios clínicos em humanos para avaliar diferentes condições relacionadas à idade, como Alzheimer e artrite.
Bahia Notícias