As viagens durante o feriado do Ano Novo Lunar na China foram reduzidas a uma fração do que é habitual, depois de o governo ter pedido aos cidadãos que não regressem à sua terra natal.
A China deparou-se, nas últimas semanas, com novos surtos da covid-19 em várias províncias do Norte do país, levando as autoridades a isolar cidades inteiras e realizar testes em massa.
O governo chinês, determinado em prevenir mesmo surtos de pequena escala, quer reduzir as viagens de longa distância durante o maior feriado do ano.
O Conselho de Estado encorajou as pessoas, mesmo em áreas de baixo risco, a celebrarem o Ano Novo Lunar, que começa em 12 de fevereiro, no local onde moram e trabalham, em vez de regressar à terra natal.
O Ministério dos Transportes chinês estimou que os viajantes farão apenas cerca de 1,15 bilhões de viagens este ano, em comparação com cerca de 3 bilhões em 2019.
As medidas para desencorajar viagens incluíram presentes em dinheiro, acesso gratuito à internet e entrada gratuita nas atrações turísticas locais.
Os empregadores também alertaram os trabalhadores que deixar a cidade seria mal visto pelas chefias.
Na quarta-feira (27), Pequim passou a exigir que até viajantes procedentes de regiões de baixo risco apresentem teste negativo à covid-19 para entrar na cidade.
Para muitos dos cerca de 300 milhões de trabalhadores migrantes, empregados nas prósperas cidades do litoral, este é o única período do ano em que estão com a família.
Cidades ricas do Sul da China, incluindo Suzhou e Ningbo, estão oferecendo aos trabalhadores migrantes pontos adicionais necessários para solicitar uma autorização de residência urbana.
De acordo com o sistema hukou, de passaportes internos da China, ter residência local concede acesso aos serviços públicos, incluindo educação, saúde e habitação.
Agência Brasil