Câncer diagnosticado na filha de Tiago Leifert acende o alerta para a prevenção adequada
Doença que afeta uma média de 400 crianças por ano, no Brasil, o retinoblastoma é um tipo raro de câncer ocular. Segundo o Ministério da Saúde, é o tumor ocular mais comum em crianças, representando cerca de 3% dos cânceres infantis. Recentemente, a filha do apresentador Tiago Leifert e da jornalista Daiana Garbin, a pequena Lua, foi diagnosticada com retinoblastoma. O anúncio chama a atenção de pais e responsáveis para as medidas preventivas adequadas, que devem ser adotadas logo após o nascimento do bebê e mantidas nos primeiros anos de vida da criança, já que, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de tumor geralmente ocorre antes dos cinco anos de idade.
O tumor maligno pode afetar um ou dois olhos e pode ser detectado por meio do Teste do Olhinho, exame que busca rastrear alterações oculares, explica a pediatra Juliana Cabral de Oliveira. “O teste do olhinho, ou teste do reflexo vermelho, deve ser realizado em todos os recém-nascidos antes da alta da maternidade, idealmente nas primeiras 72h de vida. Além disso, deve ser realizado um exame oftalmológico completo em crianças entre 6 e 12 meses de vida e outro preferencialmente aos 3 anos de idade”, destaca.
Além disso, é importante prestar atenção em movimentos irregulares dos olhos da criança. “Um dos principais sinais do tumor é o “olho de gato”, quando a pupila apresenta uma área branca e opaca no contato com o reflexo da luz. Esse sinal é muito visível em fotos tiradas com o flash, pois, normalmente, a pupila fica vermelha diante dessa luz”. Ainda de acordo com a pediatra, os pais também devem ficar atentos a alterações na posição dos olhos, como desvio ocular (estrabismo) ou tremor nos olhos. Ao identificar algum desses sinais é muito importante levar a criança para uma avaliação oftalmológica.
O retinoblastoma causa dor, inchaço e até perda da visão. No entanto, em 90% dos casos, o câncer pode ser curado. “Por isso, é tão importante prevenir e atuar precocemente através dos exames regulares e acompanhamento pediátrico e oftalmológico adequados”.