O pedido de inclusão do Rio na área de recomendação da vacina ocorre mesmo não havendo registros de casos da doença no Estado. Segundo o governo fluminense, a medida tem como objetivo expandir a estratégia de vacinação preventiva atualmente em curso. A vacina já está sendo oferecida em 30 municípios localizados nas divisas com Minas Gerais e Espírito Santo, onde houve aumento do número de casos confirmados da doença.
“A expansão da indicação da vacina para todo o estado é continuidade das ações preventivas que estamos adotando desde o início do ano, com base no cenário epidemiológico dos estados vizinhos”, diz Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde. O Brasil vive atualmente um surto da doença, com explosão de casos em Minas Gerais, além de registros em São Paulo, Bahia e Espírito Santo.
Para imunizar toda a população alvo da vacina, seria necessário cerca de 12 milhões de doses, de acordo com a Secretaria de Saúde do Rio. Três milhões de doses já foram solicitadas ao Ministério da Saúde. A previsão é de que a imunização seja intensificada a partir da última semana de março.
O governo fluminense pretende vacinar 1,5 milhão de pessoas por mês. Dessa forma, estima que até o fim do ano seja alcançada 90% da cobertura vacinal dentro do público com indicação para a imunização. De acordo com a secretaria, com a inclusão do Rio na área de recomendação da vacina, todos os 92 municípios terão seus estoques abastecidos para que possam organizar campanhas de acordo com as capacidades operacional e de armazenamento de cada um.
Vacinação
A febre amarela é uma doença grave e que acarreta chances altas de morte. Transmitida pela picada de três mosquitos diferentes, está presente em um vasto território do Brasil, principalmente na Amazônia e em áreas rurais do Sudeste e Centro-Oeste, onde pode reaparecer ano a ano em surtos cíclicos. No entanto, é uma doença controlada por uma vacina elaborada com o vírus vivo atenuado (chamado cepa 17DD) e que garante eficácia de cerca de 95%.
As notícias sobre o aumento do número de casos causaram uma corrida de moradores de áreas urbanas, como Belo Horizonte, aos postos de vacinação. Apesar de o Ministério da Saúde recomendar “a vacinação para a área onde a transmissão é considerada possível, principalmente para indivíduos não vacinados que se expõem na mata”, os mais de mil casos suspeitos pelo país fizeram com que quem não precisa da vacina quisesse tomá-la por precaução.
uol