Um dos mais disputados e tradicionais colégios públicos do Rio de Janeiro, o Pedro II extinguiu a distinção do seu uniforme por gênero. No lugar de especificar quais peças deveriam compor o vestuário dos meninos e das meninas, a norma agora estabelece somente o uso de “uniforme”, deixando para os alunos a decisão de quais peças usar. A resolução passou a valer desde o dia 14 de setembro.
O reitor da escola, Oscar Halac, deixou claro que, a partir de agora, é o critério de identidade de gênero de cada um que irá pautar, em escolha individual e autônoma, o que o aluno deve vestir. Sua maior preocupação é não fomentar a exclusão e o sofrimento daqueles dos que se colocam com uma identidade diferente daquela imposta pela sociedade, localizando assim a escola em seu tempo e contexto histórico atual.
O Pedro II já havia sido cenário de um protesto por parte dos alunos em apoio a um aluno transexual. Depois do aluno ser repreendido pela direção por trocar o uniforme masculino pelo feminino, seus colegas foram de saia para a escola em apoio à amiga trans.
“Tratar o assunto da diversidade, seja ela sexual, racial ou cultural, é fundamental em um colégio, principalmente porque a rejeição e o preconceito trazem muita dor às crianças e adolescentes”, afirmou o reitor, confirmando o Pedro II como um dos melhores colégios do país, não só no ensino como nos costumes.
+++
Do Hypness