Rodoviários, bancários e professores foram algumas das categorias que paralisaram as atividades na manhã de hoje (11) em Salvador em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 que tramita no Senado e limita os gastos públicos federais nos próximos 20 anos.
As ações fizeram parte do Dia Nacional de Greve e Paralisações que ocorre em diversos estados.
Os rodoviários atrasaram a saída dos ônibus das garagens e ficaram a maior parte da manhã sem rodar em alguns pontos da cidade. Como a paralisação foi divulgada nas redes sociais e nos noticiários, alguns passageiros nem arriscaram a ir aos pontos de ônibus, que amanheceram vazios.
A Secretaria de Mobilização chegou a autorizar que 300 micro-ônibus do Sistema de Transporte Especial Complementar operassem nos grandes corredores da cidade, nas principais avenidas, incluindo a orla da capital baiana.
Os bancários da capital baiana ficaram de braços cruzados até meio-dia (no horário local) como forma de se protestar contra a PEC 55.
“Participar da luta é contribuir para barrar a avalanche neoliberal que quer entregar empresas estatais ao capital estrangeiro, precarizar as relações de trabalho com a terceirização e retirar direitos sociais importantes como os pretendidos na reforma da Previdência”, disse, em nota, o Sindicato dos Bancários da Bahia.
Os professores estaduais e municipais também aderiram à paralisação nacional. Os docentes da rede municipal anunciaram a reposição das aulas para o próximo dia 19 e disseram que a decisão foi comunicada com antecedência aos pais de alunos do município. Os professores da rede estadual ainda não comunicaram uma data para reposição de aulas.
Nas rodovias da Bahia, manifestantes bloquearam os dois sentidos da BR-116, próximo ao município de Lamarão, a quase 200 quilômetros de Salvador.
Também foram registrados atos na BR-415, região de Itabuna, Sul da Bahia e na BA-535, próximo a Camaçari, região metropolitana.
Em Salvador, um grupo de manifestantes bloqueou a pista da Avenida ACM, uma das principais da cidade, em frente a um shopping, no início da manhã, causando congestionamento.
Sobre os atos, o Palácio do Planalto disse que respeita e considera as manifestações democráticas, mas não comentará manifestações em específico.
Agência Brasil