O trabalho desenvolvido pelo Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fecap foi balizado em estudo que compila e analisa boletins de ocorrência e dados da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) no primeiro semestre de 2020. Segundo as estatísticas oficiais, foram registradas 69.628 ocorrências de roubo de celulares nos seis primeiros meses deste ano.
A pesquisa mostrou também que houve uma redução brusca de roubos de aparelhos nos meses de abril e maio, mas um aumento significativo desse tipo de crime em junho, justamente o mês em que as autoridades responsáveis — municipais e estaduais — autorizaram a reabertura economia.
“Notamos que com a reabertura gradual da economia, as taxas de roubos já se elevaram, mas os números ainda se encontram inferior ao do mesmo mês do ano passado”, analisou o economista e pesquisador do Instituto de Finanças da Fecap Allan Carvalho.
Para os pesquisadores, os números podem ser ainda maiores, visto que a subnotificação de casos é bastante comum nesse tipo de crime. Além disso, a pesquisa da Fecap descarta boletins de ocorrência incompletos ou com erros por critério de aproximação para objetivos estatísticos.
Retração dos crimes
O estudo encabeçado pela instituição de ensino com base nos dados da segurança pública do estado verificou um recuo de 38% no número de roubos no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019. Se analisados os dados mensais em relação ao mesmo período do ano passado, é possível notar quedas acentuadas, com grande destaque ao mês de maio (-58%).
Horários perigosos
De acordo com as estatísticas policiais do estado, reveladas pela pesquisa da Fecap, o período noturno detém a maior incidência de roubo de celulares (44,57%). Depois, aparecem a tarde (22,08%), manhã (18,94%), madrugada (14,14%) e a hora incerta (0,26%).
Bairros e cidades com maior incidência de crimes
A avenida Paulista é detentora do recorde de roubo de celulares na cidade de São Paulo (215). A avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte, registrou 167 casos no primeiro semestre de 2020. Em terceiro lugar, aparece a avenida Sapopemba, na zona leste, com 160 ocorrências.
Entre os bairros da capital com maior número de ocorrências, destaca-se o Grajaú, na zona sul, com 1.092 ocorrências (1,57% dos boletins registrados no estado de São Paulo e 2,73% na cidade). Depois, surgem Capão Redondo (973 ocorrências), Itaim Paulista (874), República (806), Jardim Ângela (656), Campo Limpo (644), Itaquera (618), Cidade Ademar (586), São Mateus (550) e Bela Vista (530).
Os pesquisadores da Fecap também analisaram os dez municípios com maiores taxas de roubo no estado (53.291 ocorrências). Os crimes deste tipo ocorridos nessas cidades correspondem a 76,54% do total estadual.
A capital é possui o maior índice de roubo de celulares no estado (39.996), o equivalente a 57,44% das ocorrências. Em seguida, o ranking tem as cidades de Santo André (1.919 ocorrências), Guarulhos (1.897), Diadema (1.896), Campinas (1.681), São Bernardo Do Campo (1.651), Osasco (1.511), Itaquaquecetuba (1.061), Carapicuíba (853) e Praia Grande (826).
Confira os índices de roubos de celulares no primeiro semestre de 2020:
Janeiro — 14.203 roubos (24% menos do que o mesmo mês de 2019);
Fevereiro — 14.043 roubos (19% menos do que o mesmo mês de 2019);
Março — 12.028 roubos (40% menos do que o mesmo mês de 2019);
Abril — 8.372 roubos (55% menos do que o mesmo mês de 2019);
Maio — 8.047 roubos (58% menos do que o mesmo mês de 2019);
Junho — 12.935 roubos (32% menos do que o mesmo mês de 2019).
R7
O trabalho desenvolvido pelo Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fecap foi balizado em estudo que compila e analisa boletins de ocorrência e dados da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) no primeiro semestre de 2020. Segundo as estatísticas oficiais, foram registradas 69.628 ocorrências de roubo de celulares nos seis primeiros meses deste ano.
A pesquisa mostrou também que houve uma redução brusca de roubos de aparelhos nos meses de abril e maio, mas um aumento significativo desse tipo de crime em junho, justamente o mês em que as autoridades responsáveis — municipais e estaduais — autorizaram a reabertura economia.
“Notamos que com a reabertura gradual da economia, as taxas de roubos já se elevaram, mas os números ainda se encontram inferior ao do mesmo mês do ano passado”, analisou o economista e pesquisador do Instituto de Finanças da Fecap Allan Carvalho.
Para os pesquisadores, os números podem ser ainda maiores, visto que a subnotificação de casos é bastante comum nesse tipo de crime. Além disso, a pesquisa da Fecap descarta boletins de ocorrência incompletos ou com erros por critério de aproximação para objetivos estatísticos.
Retração dos crimes
O estudo encabeçado pela instituição de ensino com base nos dados da segurança pública do estado verificou um recuo de 38% no número de roubos no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019. Se analisados os dados mensais em relação ao mesmo período do ano passado, é possível notar quedas acentuadas, com grande destaque ao mês de maio (-58%).
Horários perigosos
De acordo com as estatísticas policiais do estado, reveladas pela pesquisa da Fecap, o período noturno detém a maior incidência de roubo de celulares (44,57%). Depois, aparecem a tarde (22,08%), manhã (18,94%), madrugada (14,14%) e a hora incerta (0,26%).
Bairros e cidades com maior incidência de crimes
A avenida Paulista é detentora do recorde de roubo de celulares na cidade de São Paulo (215). A avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte, registrou 167 casos no primeiro semestre de 2020. Em terceiro lugar, aparece a avenida Sapopemba, na zona leste, com 160 ocorrências.
Entre os bairros da capital com maior número de ocorrências, destaca-se o Grajaú, na zona sul, com 1.092 ocorrências (1,57% dos boletins registrados no estado de São Paulo e 2,73% na cidade). Depois, surgem Capão Redondo (973 ocorrências), Itaim Paulista (874), República (806), Jardim Ângela (656), Campo Limpo (644), Itaquera (618), Cidade Ademar (586), São Mateus (550) e Bela Vista (530).
Os pesquisadores da Fecap também analisaram os dez municípios com maiores taxas de roubo no estado (53.291 ocorrências). Os crimes deste tipo ocorridos nessas cidades correspondem a 76,54% do total estadual.
A capital é possui o maior índice de roubo de celulares no estado (39.996), o equivalente a 57,44% das ocorrências. Em seguida, o ranking tem as cidades de Santo André (1.919 ocorrências), Guarulhos (1.897), Diadema (1.896), Campinas (1.681), São Bernardo Do Campo (1.651), Osasco (1.511), Itaquaquecetuba (1.061), Carapicuíba (853) e Praia Grande (826).
Confira os índices de roubos de celulares no primeiro semestre de 2020:
Janeiro — 14.203 roubos (24% menos do que o mesmo mês de 2019);
Fevereiro — 14.043 roubos (19% menos do que o mesmo mês de 2019);
Março — 12.028 roubos (40% menos do que o mesmo mês de 2019);
Abril — 8.372 roubos (55% menos do que o mesmo mês de 2019);
Maio — 8.047 roubos (58% menos do que o mesmo mês de 2019);
Junho — 12.935 roubos (32% menos do que o mesmo mês de 2019).
R7