Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou agentes de inteligência do governo americano de invadirem o Consulado Geral russo em San Francisco para buscarem informações, criando uma ameaça direta à segurança dos cidadãos russos.
Segundo a acusação, escrita em nome da porta-voz do ministério, Maria Zakharova, membros das agências de inteligência americanas entraram, em 2 de setembro (horário local), inclusive nos apartamentos de funcionários que residem no prédio e têm imunidade.
Eles teriam ordenado que eles e seus familiares, incluindo menores de idade e até mesmo bebês, não permanecessem por um tempo no local. A porta-voz ainda afirmou que os diplomatas em nada interferem no trabalho do FBI.
O artigo ainda observa que, com tais ações desafiadoras, os EUA continuam a sobrecarregar a atmosfera já difícil do diálogo bilateral, prejudicando as oportunidades de cooperação, inclusive no interesse de resolver problemas internacionais urgentes.
Horas antes, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou que seu país responderá duramente a qualquer medida dos Estados Unidos produzida para prejudicar a Rússia. A declaração ocorreu depois que os EUA ordenaram que Moscou feche seu consulado em San Francisco e edifícios em Washington e Nova York.
— Responderemos duramente a decisões que nos prejudiquem.
O artigo considera que este passo representa uma nova violação flagrante do direito internacional, incluindo as obrigações dos EUA nos termos das Convenções de Viena sobre as relações diplomáticas e consulares.
A nota afirma que a atual iniciativa até ultrapassa a expropriação, realizada pela administração de Barack Obama em dezembro do ano passado, dos complexos residenciais da Embaixada da Rússia e da Missão Permanente junto às Nações Unidas.
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