A evacuação de algumas áreas no leste de Aleppo, tomada pelo regime sírio, recomeçou nesta quinta-feira (15) depois da instauração de uma nova trégua. O comitê internacional da Cruz Vermelha diz ter sido contatado pela Síria para facilitar a operação. As informações são da Rádio França Internacional.
De acordo com a Organização Não Governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos, um primeiro comboio de feridos pode deixar a cidade. Um representante do grupo rebelde Frente Chamya disse que o cessar-fogo começou no início da madrugada.
Jornalistas confirmaram a pausa nos combates.
Segundo um comunicado do exército russo, que apoia o regime sírio, os rebeldes que se renderam e suas famílias estão sendo levadas para a cidade de Idlib, através de um “corredor especial”. Foram mobilizados 20 ônibus e dez ambulâncias.
O texto garante que as autoridades sírias garantem a segurança de todos os combatentes que decidiram deixar o leste de Aleppo. Os últimos integrantes da oposição foram retirados no início desta manhã.
Os civis feridos nos combates deverão ser evacuados pelo sul da cidade. Na quarta-feira, uma iniciativa parecida fracassou, apesar de um acordo entre os russos, que apoiam Bashar al-Assad, e a Turquia, do lado rebelde.
O ministério russo afirmou que utilizará drones para supervisionar a evacuação de combatentes e civis. O novo cessar-fogo foi anunciado pelo Hezbollah, movimento xiita libanês que combate ao lado das forças governamentais sírias, que estão perto de reconquistar completamente a segunda cidade mais importante do país, completamente destruída, onde a situação humanitária é caótica.
Vitória do regime sírio
A retomada de Aleppo, depois de uma série de bombardeios, é a maior vitória do poder sírio contra a rebelião iniciada em março de 2011,na Primavera Árabe. Mais de 300 mil pessoas já morreram nos combates, segundo a Organização das Nações Unidas.
Nesta quarta-feira (14), os presidentes da Rússia e da Turquia, Vladirmir Putin e Recep Tayyip Erdogan, conversaram por telefone. Os dois afirmaram que as violações ao cessar-fogo deveriam acabar e que a “retomada da retirada de civis e rebeldes deveria acontecer o mais rápido possível”.
Agência Brasil