O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) faz nesta terça (6) e quarta-feira (7) a primeira reunião do ano para decidir a nova taxa Selic, os juros básicos da economia. A expectativa do mercado financeiro é que os juros caiam de 7% para 6,75% ao ano.
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, integrantes da Diretoria Colegiada e chefes dos Departamentos de Operações do Mercado Aberto, Econômico, Estudos e Pesquisas, Reservas Institucionais, Assuntos Internacionais, Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais.
O objetivo do Comitê de Política Monetária é estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa básica de juros da economia. O Copom foi criado em junho de 1996, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando Banco Central era comandado pelo economista Gustavo Loyola.
O modelo do Copom no Brasil é idêntico ao Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, que centraliza as decisões de política monetária. A taxa de juro fixada na reunião do colegiado é a meta para a Selic, que vigora até a próxima reunião do comitê.
As reuniões do Copom ocorrem a cada 44 dias, num total de oito reuniões por ano. Desde 2000, as reuniões do Copom foram divididas em dois dias, sendo o primeiro dia na terça e o segundo dia na quarta-feira. Quando o Copom anuncia a taxa Selic, normalmente no início da noite de quarta-feira, é estabelecido o chamado viés, que pode ser de elevação ou redução dos juros.
Viés é o termo que designa a tendência dos juros. O presidente do Banco Central tem a prerrogativa de alterar a meta da taxa Selic na direção do viés (elevação ou redução) a qualquer momento entre as reuniões do Comitê de Política Monetária.
Uma semana após a reunião do Copom, é divulgada a Ata da Reunião, que é aguardada com expectativa pelo mercado financeiro por trazer indicações para as próximas ações do colegiado. Outro documento preparado pelo Comitê de Política Monetária é o Relatório de Inflação, publicado no final de cada trimestre.
R7