Escolher um investimento de curto, médio ou longo prazo exige planejamento e a definição concreta sobre a finalidade do dinheiro: reserva de emergência, compra da casa própria, viagem de férias, para citar alguns exemplos.
Também é importante, nesta avaliação, identificar o seu perfil de investidor para medir qual é o seu limite para correr risco no mundo das finanças.
Nas aplicações de curto prazo (até um ano), segundo Lucas Collazo, estrategista de alocação da Rico Investimentos, o investidor não deve se expor a riscos. Por isso, recomenda-se as modalidades mais conservadoras.
“Normalmente as pessoas têm um objetivo específico para esse valor, como guardar a reserva de emergência, por exemplo”, diz Collazo.
Os investimentos de longo prazo exigem mais atenção do poupador, segundo Walter Poladian, planejador financeiro e sócio-fundador da Fliper, por necessitarem de mais planejamento e de acompanhamento do cenário econômico.
“Esse investidor precisa estar atento à volatilidade nos preços e aos riscos”, comenta Poladian.
Curto prazo
No cenário a curto prazo, os principais tipos de investimentos:
• Tesouro Selic;
• CDB com liquidez diária; ou
• Trend DI Simples (fundo que investe em tesouro Selic, com taxa zero).
Médio e longo prazo
As principais aplicações para médio e longo prazo são:
• Fundos DNA; e
• Renda variável: ações e fundos de investimento (imobiliários, de ações, multimercados e ações internacionais).
Tanto Poladian quanto Collazo acreditam que a escolha da melhor aplicação vai depender do perfil do investidor e do seu apetite de risco.
Os especialistas dizem que o ideal é sempre ter uma carteira de investimentos diversificada com ativos e classes de ativos.
Para Poladian, apesar disso, o título Tesouro Selic, com taxa de administração abaixo de 0,25% ao ano, tem se mostrado uma boa opção atualmente.
Para a longo prazo, ele vê “atratividade nas ações e nos títulos indexados à inflação Tesouro IPCA+ com vencimentos longos”.
Poladian ressalta ainda que é preciso estar atento, pois esses ativos possuem alta volatilidade nos preços e riscos.
Com a Selic a patamares tão baixos, Thiago Godoy, head de educação financeira da XP Investimentos, diz que a renda variável ganha cada vez mais atratividade.
Collazo destaca os investimentos em fundos internacionais como uma boa alternativa e diz que eles estão se tornando uma tendência para os brasileiros.
A pedido do R7 Economize, Poladian, Collazo e Godoy elencaram dicas para quem quer começar a investir. Confira:
1- Situação financeira
Godoy diz que o primeiro é fazer um diagnóstico da sua situação financeira.
2- Descubra seu perfil investidor
Se pergunte quais os tipos de risco que você estaria disposto a assumir com o seu dinheiro. “Ter a resposta para essa pergunta vai te guiar nas suas expectativas” afirma Godoy.
Cada pessoa irá se encaixar em algum desses três tipos de perfis de investidor: conservador, moderador e o agressivo.
• Conservador: aquele que sempre vai priorizar a segurança e tem aversão ao risco de perder;
• Moderador: prioriza a segurança, mas está aberto a correr mais riscos; e
• Agressivo: aceita correr riscos para ter mais retorno nos seus investimentos.
3- Por qual motivo investir
“Saber os motivos pelos quais você está optando, de forma consciente, a deixar de usar um dinheiro hoje em troca de um benefício futuro, fará toda a diferença”, afirma Godoy.
4- Autoconhecimento financeiro
“Entenda sua relação com o dinheiro e estude sobre educação financeira. Há muitos cursos online de qualidade disponíveis”, diz Thiago.
Ele também ressalta que a diversificação dos investimentos é o melhor caminho para o bem-estar financeiro.
5- Reserva de emergência
O investidor deve, segundo Collazo, montar uma reserva de emergência.
“Um valor que corresponda de 6 a 12 meses do gasto fixo mensal aplicado a um investimento de risco zero, como o Tesouro Selic, Fundo Trend DI da Rico (fundo que investe em tesouro Selic e tem taxa zero), por exemplo.”
“Dependendo do perfil, a pessoa pode optar por um CDB com liquidez diária. Com essa reserva o investidor fica protegido de incertezas da sua própria vida, caso precise passar por uma realocação profissional, por exemplo”, finaliza Collazo.
R7