Muito se fala em cidades que acolhem bem a atividade empreendedora, porém, é possível apontar no Brasil capitais que não parecem tão receptiva a quem deseja começar o negócio próprio. Segundo levantamento anual da Endeavor foram avaliados nessas cidades qualificação profissional, índices de segurança pública, burocracia e capacidade de atrair investimentos nas localidades.
De acordo com a pesquisa, Maceió ocupa o último lugar no ranking, ou seja, é o menos favorável para empreender. Compõe a lista ainda Teresina, Fortaleza, Belém, Cuiabá, São Luís, Manaus e Natal. Salvador também está entre as dez cidades brasileiras pouco receptivas a novos negócios. À frente das capitais citadas anteriormente, mesmo apresentando índices negativos para o empreendedor, está Aracaju.
“São cidades com estrutura bastante precária. Essas capitais têm como problemas comuns a falta de infraestrutura, a distância dos grandes centros e problemas internos como falta de segurança”, analisa aponta o coordenador de pesquisa e mobilização Endeavor e responsável pelo levantamento, João Melhavo.
Para Melhavo, um dos pontos mais sensíveis dessas capitais são os marcos regulatórios, que são as leis em relação a tributação, abertura e fechamento de empresas. “O Brasil tem o sério desafio de toda hora mudar as regras do jogo. Temos em média 200 mudanças a cada três anos no ICMS, o mesmo que uma a cada quatro dias. Isso é uma loucura pra o empreendedor”, comenta.
A segurança pública, ou ausência dela, é outro fator que influencia diretamente na forma como uma cidade recebe o empreendedorismo. “Na região Nordeste, as taxas de homicídios estão acima das do Sul e do Sudeste”, avalia Melhavo.
Bocão News