O Carnaval 2020 chegou ao fim, mas a economia de Salvador vai continuar aquecida com o turismo de negócios graças ao Centro de Convenções, inaugurado em janeiro pela Prefeitura. Esse ano, 50 eventos já estão confirmados para o local, segundo a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult). O primeiro deles será um corporativo da Polishop, já no próximo mês de março, com previsão de reunir quatro mil pessoas de todo o país.
Também já foram confirmados o Afropunk, a Bienal do Livro da Bahia, a Superbahia Feira de Supermercados e a Yes Show Room – feira de móveis que ocorrerá pela primeira vez na capital baiana. Para 2022, 32 eventos já estão prospectados e outros estão agendados para até 2024, incluindo grandes congressos da área médica, alguns mundiais, outros latino-americanos, sul-americanos e nacionais.
“Estamos na expectativa de iniciar a montagem do primeiro evento no Centro de Convenções logo na primeira semana após o Carnaval. Essa é uma demonstração clara de que, passado o verão e a folia, que é o grande apogeu do turismo, a cidade vai continuar aquecida, resolvendo de uma vez por todas a sazonalidade, fazendo com que na baixa e média estação mantenhamos esse fluxo tão importante para a economia de Salvador”, afirma o titular da Secult, Cláudio Tinoco.
Movimentação econômica – A expectativa é que as grandes feiras e congressos gerem entre mil e 2 mil empregos temporários na cidade. Além disso, a Prefeitura e o trade turístico calculam que o novo Centro de Convenções de Salvador proporcionem uma movimentação econômica de até R$500 milhões por ano nos 50 setores ligados ao turismo, desde a rede hoteleira, bares e restaurantes, até agências de viagem, serviços de transporte e comércio informal.
“O Centro de Convenções de Salvador é uma das ferramentas mais importantes para o turismo da capital e do Estado. Todos os dias os turistas costumam ir aos bares e restaurantes, inclusive para fortalecer o networking. Esse ano, eu acredito que haverá um crescimento, ainda que tímido, mas a partir do ano que vem o movimento nesses estabelecimentos deve começar a ganhar um equilíbrio significativo na baixa estação”, prevê Daniel Alves, presidente do Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes na Bahia (Abrasel – Bahia).
Entretenimento – Mesmo no quesito entretenimento, a ressaca do Carnaval será bem curta, porque a cidade não para. Uma série de atividades já está programada para o mês de março, dentro da estratégica da gestão municipal de manter uma agenda de eventos ativa durante todo o ano, incentivando o turismo e o desenvolvimento econômico da cidade.
Uma delas será o evento de Moda Urbana Descolada, o Mude, com a participação de lojas e do polo gastronômico do Centro Histórico. O evento será lançado pela Diretoria de Gestão do Centro Histórico de Salvador (DGCH), vinculada à Secult, e terá workshop de moda, maquiagem e desfile com as roupas comercializadas no Pelourinho.
“O local tem uma moda muito peculiar, não apenas para turistas, mas também para os soteropolitanos, que precisam conhecê-la melhor. No evento, vai haver consultoria de estilo pessoal, vai ser muito bacana”, conta a diretora de gestão do Centro Histórico, Eliana Pedroso.
Ainda em março, na semana de aniversário da Salvador, haverá o Festival da Cidade com uma série de atrações artísticas, culturais, esportivas e de lazer. Todo ano, o evento conta com passeios ciclísticos, feiras, além de shows em alguns pontos da cidade. Ambas programações ocorrem no mesmo mês em que são retomadas as atividades do projeto #VemproCentro, em fomento ao desenvolvimento do bairro como polo atrativo de cultura e lazer.
Na primeira semana de abril, o Centro Histórico volta a ser palco de evento com uma grande apresentação em comemoração ao mês da dança. O evento se chamará Dança Sem Limites e vai reunir dançarinos de toda a Bahia.