Moradores de Santo Amaro se reúnem a partir das 14h desta segunda-feira (19) para mais uma manifestação. O ato, marcado para acontecer em frente ao hospital, pede a reabertura imediata da unidade de saúde, fechada há cerca de oito meses por decisão da prefeitura, o que desativou cerca de 50 leitos materno-infantis. A diretora da maternidade, Eliete Cruz, explica que o problema teve início com o contrato de municipalização, que transferiu a gestão da unidade da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) para o município. “O Comando único entrou em vigor desde o dia 1º de fevereiro e aí o nosso contrato com o SUS passou a ser com o município, que na época não fechou contrato com a gente. Eles pediram R$ 20 mil por mês com a maternidade funcionando 24 horas por dia”, esclarece Eliete em entrevista ao Bahia Notícias. A diretora conta que chegaram a enviar uma contraproposta, mas a negociação não foi para frente. Com a maternidade de portas fechadas, a solução da prefeitura foi concentrar os atendimentos na Santa Casa. “Não funcionou, não teve equipe. Com as pacientes viajando pra Salvador, hoje não nasce mais um santoamarense”, critica a diretora. Eliete conta que há uma negociação com o prefeito eleito, Flaviano Bonfim (DEM), para reabrir a unidade já em janeiro do ano que vem, mas, até lá, os sindicatos seguem promovendo atos nas ruas, a fim de mobilizar a população.
Bahia Notícias