O Santos não pagou 262,5 mil euros, o equivalente a R$ 1,6 milhão, ao Club Brugge, da Bélgica, pelo empréstimo do zagueiro Luan Peres. A Fifa havia dado um prazo de 45 dias ao Peixe para quitar a dívida. De acordo com a decisão da entidade no dia 6 de maio, o clube paulista está proibido de registrar novos jogadores, punição que já havia sido imposta por conta de outro débito, na ocasião com o Hamburgo, da Alemanha, pela contratação do também defensor Cléber Reis.
O Peixe contratou Luan Peres em agosto de 2019 e o acordo do empréstimo termina em dezembro deste ano. O valor original da dívida pelo zagueiro era de 250 mil euros, mas foi acrescido 5% de juros. A decisão da Fifa diz: “no caso de o valor devido, acrescido de juros nos termos dos pontos 2. e 3. não ser pago pelo reclamado (o Santos) no prazo de 45 dias a partir da notificação pelo reclamante dos dados bancários (…), o demandado (o Santos) será banido de registrar novos jogadores, nacional ou internacionalmente, até pagar ou pela duração máxima de três meses inteiros”.
Nos bastidores do Santos, a situação é vista como preocupante. O clube registrou déficit de R$ 19 milhões no primeiro trimestre de 2020, não tem condições financeiras para pagar as dívidas e está sendo pressionado pela Fifa pelo acúmulo de punições e processos por contratações de jogadores.
O Santos terá três meses, após os 45 dias, para quitar o débito com o Club Brugge. Caso o pagamento não seja efetua, o caso pode parar no CAS e o clube correrá o risco de uma punição maior, como a perda de pontos no Brasileirão deste ano.
O futebol brasileiro está paralisado desde meados de março por conta da pandemia do coronavírus e a situação impactou numa crise financeira devido à forte queda nas receitas dos clubes. O Santos estava na disputa do Campeonato Paulista, da Libertadores e aguardava sua entrada na Copa do Brasil, além do início do Brasileirão.
Bahia Notícias