A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo anunciou hoje (10) o fechamento do Parque Ecológico do Tietê, na zona leste da capital, após encontrar no local um macaco morto, diagnosticado com febre amarela. Com a descoberta do novo caso, o Ministério da Saúde enviará mais 2,8 milhões de doses da vacina contra a doença para capital paulista nos próximos dias. Segundo a prefeitura, 750 mil paulistanos já foram imunizados.
Este é o terceiro parque fechado em São Paulo para evitar uma possível disseminação da doença. De acordo com o secretário estadual da Saúde, David Uip, os três parques devem ser reabertos ao público em janeiro do próximo ano, mas todos os frequentadores deverão ter tomado a vacina ou usar repelente (no caso de pessoas com restrições à imunização).
As 2,8 milhões de doses extras serão aplicadas em moradores dos bairros Piratininga e Jardim São Francisco, localizados num raio de 800 metros do Parque Ecológico do Tietê, além de dez municípios da Região do Alto Tietê e sete em torno da cidade de Osasco. Foram vacinados 85% dos trabalhadores dos parques. Outras medidas adotadas são o monitoramento dos primatas e a coleta de mosquitos.
Fracionamento da vacina
Segundo o secretário, o Ministério da Saúde avalia começar a fracionar a vacina a partir do próximo ano com objetivo de aumentar a oferta – todo o estado de São Paulo deve ser vacinado ao longo de 2018. Com o fracionamento, a imunização com dose única deixa de valer para toda a vida e passa a ter proteção mínima de 9 anos.
Na capital paulista, os 19 casos suspeitos de febre amarela foram descartados. Este ano, nenhum paciente teve diagnóstico positivo para a doença em área urbana. Foram notificados 23 casos de febre amarela silvestre em humanos no interior paulista, sendo que dez desses infectados morreram.
No estado, foram encontrados 298 macacos mortos com febre amarela, a maior parte (283) na cidade de Campinas, no interior paulista. Além disso, quatro pacientes precisaram ser internados devido aos efeitos adversos da vacina. “A vacina é efetiva, mas tem riscos. Crianças com menos de nove meses, grávidas, mulheres amamentando e pacientes sistema imune rebaixado não podem tomar”, esclareceu o secretário.
Agência Brasil