O poder de organização dos agricultores familiares é fundamental para a produção associada ao turismo. Este foi o relato da técnica da Secretaria de Turismo do Estado (Setur), Sabrina Lewandowski, durante oficina realizada na primeira edição do Bahia Rural Contemporânea, que acontece em paralelo à 29ª Fenagro, até o próximo domingo (4), no Parque de Exposições de Salvador.
Durante a capacitação, organizada pela Coordenação de Apoio aos Jovens, Mulheres e Povos e Comunidades Tradicionais da Superintendência de Agricultura Familiar (Suaf), Sabrina destacou a importância de trabalhar em rede, agregar valor aos produtos e criar identidade com o município, além de identificar a culinária local e manifestações culturais associadas aos fatores de fomento ao turismo rural. “Associações podem se organizar e buscar informações junto ao Governo do Estado para potencializar o turismo local”, explica.
A coordenadora da Suaf, Ana Paula Souza, ressalta que “o turismo rural vem ganhando destaque no cenário econômico, pois a curiosidade das pessoas em conhecer o local e a forma como são produzidos os produtos que consomem, vem crescendo em função do anseio social de sustentabilidade, alimentação saudável e conservação ambiental”.
Para a coordenadora, ela é mais uma oportunidade para os agricultores familiares se inserirem socioeconomicamente, pois são alvo da curiosidade de turistas estrangeiros, quando se fala em conhecer intimamente o país e sua história.
Potencialidades
A agricultora Maria Letícia Lopes, do município de Juazeiro, quer transformar o sítio em um espaço para o ‘turismo pedagógico’, onde estudantes possam aprender, na prática, o que aprendem em sala de aula. “No meu sítio tem árvores frutíferas, mata nativa e animais da região, e, assim, os alunos podem ampliar seu conhecimento com a educação ambiental. Além do cultivo, vou ampliar os negócios com este espaço onde vou unir agricultura e turismo para aumentar a renda”.
Suely Sales, do Assentamento Retiro, em São Sebastião do Passé, demonstrou interesse em levar para as 52 famílias da comunidade todas as informações adquiridas na oficina. Segundo ela, o município possui todas as características para o turismo rural, mas depende do poder público local para se tornar uma realidade. “Temos culinária, recursos naturais e culturais que não são explorados, isso precisa mudar”, completa.
Secom