Empregadores de todo o País têm até esta quarta-feira (20) para pagar a segunda parcela do 13º salário a cerca de 83,3 milhões de trabalhadores. Quanto à primeira parte da remuneração extra, os patrões já devem ter pago até o último dia 30 de novembro.
Vale lembrar que a parcela paga hoje já vem com descontos como INSS, IR (Imposto de Renda) e o adiantamento da primeira fatia da remuneração extra, paga no mês passado.
Veiga, no entanto, recomenda que o trabalhador nessa situação não tome decisões precipitadas e aguarde para receber o montante no futuro.
— Se o patrão não pagar esse valor referente à segunda parcela [do 13º salário], ele vai ter que arcar com a correção monetária devida.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), incluindo benefícios pagos a aposentados e pensionistas, a remuneração extra vai injetar mais de R$ 200 bilhões na economiabrasileira neste ano de 2017.
O valor representa cerca de 3,2% de todas as riquezas produzidas no País, o PIB (Produto Interno Bruto).
Somado ao montante pago até novembro, o valor médio recebido pelos profissionais em atividade no Brasil é de R$ 2.251, estima o Dieese.
Uso da grana
Um levantamento encomendado pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e realizado pelo Instituto Ipsos aponta que o segundo montante da remuneração extra será utilizado, principalmente, para o pagamento de dívidas (42,9%).
Segundo o estudo, há também alto interesse em utilizar a grana adicional para fazer uma poupança (26,2%), comprar presentes (11,9%) e viajar (7,1%).
Alinhado com o que foi demonstrado na pesquisa, o educador financeiro do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) José Vignoli afirma que os profissionais devem optar pela quitação das dívidas antes de pensar em qualquer outra utilização para o montante.
“O ideal é que as pessoas que recebem o 13º salário priorizem o pagamento ou a amortização de suas dívidas mais urgentes, como cheque especial, cartão de crédito e empréstimo pessoal”, afirma o educador. Ele ainda ressalta que “é melhor um Natal mais pobrezinho, sem dívidas, do que uma alegria momentânea”.
Pense em 2018
Para quem não está endividado, Vignoli destaca a importância da realização de um planejamento para ingressar o ano de 2018 com a conta bancária no azul.
“As pessoas precisam ter consciência de que no começo do ano todos têm aquelas despesas irreversíveis”, afirma o educador financeiro.
No planejamento para o pagamento das despesas de começo de ano, Vignoli recomenda que as pessoas peguem as contas do ano passado e apliquem um reajuste de 10% para prever os gastos que terão nos primeiros meses de 2018.
“É essencial que as pessoas façam esse cálculo para que possam determinar o tamanho das festas de fim de ano ou das possíveis férias. Tudo isso tem que ser colocado no papel para evitar surpresas”, alerta ele.
R7