Integrantes do Olodum, tradicional grupo percussivo baiano com mais de 40 anos de história, expuseram, na sexta-feira (12), seus tambores na Rua Maciel de Baixo, em frente à sede da banda, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador. O ato foi para marcar a ausência do carnaval no calendário de fevereiro deste ano, mas também uma homenagem às vítimas da Covid-19.
Lucas Di Fiori, um dos cantores do grupo, escreveu:
“Hoje os nossos tambores estão em silêncio. Não apenas para dizer que não haverá carnaval, o tambor do Olodum silencia em respeito as pessoas que perderam as suas vidas para a Covid19!”
Andreia Reis, percussionista e maestrina da banda, também marcou o momento nas redes sociais:
“E hoje, seria o grande dia !! O dia em que os tambores iriam Rufar em frente a casa do Olodum. Os sons da percussão invadindo o centro histórico, e nessa invasão iria consigo sentimentos… De felicidade, amor e gratidão. Estamos passando por momentos difíceis e delicado. Vamos ter mais respeito com a vida humana, vamos ter mais empatia com o próximo. Vamos respeitar”
Olodum
O grupo ganhou o mundo com o ritmo samba-reggae, criado pelo músico e percussionista Neguinho do Samba, por anos o maestro principal da banda.
Em 1991, tocou ao lado do astro Paul Simon para 750 mil pessoas no Central Park, em Nova Iorque. Em 1994, de novo nos Estados Unidos, o Olodum levantou a a taça do tetra campeonato da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo da Fifa.
Dois anos depois de tocar na Copa do Mundo de 1994, vem o ápice. Nas ruas do Pelourinho, o rei do pop Michael Jackson veio à Bahia gravar com o Olodum o videoclipe da canção “They Don’t Care About Us”.
Os arranjos são de Neguinho do Samba, maestro do Olodum e criador do samba-reggae. No carnaval de 2013, Spike Lee acompanhou de perto o Olodum, na saída do bloco, para a gravação de um documentário.
G1