O cargo de presidente da Câmara Municipal de Salvador é almejado por diferentes vereadores da capital baiana, mas o resultado final das últimas eleições para o posto faz parecer que a disputa acontece sem grandes dificuldades. Considerando os últimos cinco embates eleitorais para líder da Casa, a margem de vitória foi larga. Desde 2009, em nenhum dos pleitos o vereador vencedor teve menos de 70% dos votos dos colegas de legislativo. Em três delas o índice foi de mais de 90%. O caso mais recente foi o desta segunda-feira (2), quando Leo Prates ganhou o mandato para o próximo biênio com 40 votos entre 43 vereadores (93,02%). Os concorrentes Hilton Coelho (PSOL) e Marta Rodrigues (PT) tiveram apenas um voto cada e um voto em branco foi registrado. Agora antecessor de Prates, Paulo Câmara (PSDB) alcançou a mesma porcentagem de votos quando se candidatou pela primeira vez à presidência, em 2013. Ele teve 40 votos, contra um para Hilton Coelho, um nulo e outro em branco. Em 2009, Alan Sanches (DEM) teve 92,68% dos votos, com o apoio de 38 dos 41 votos. Nos últimos oito anos, os presidentes menos “dominantes” nas eleições do legislativo soteropolitano foram Pedro Godinho (PMDB) e Paulo Câmara na sua tentativa de reeleição em 2015. O primeiro recebeu o apoio de 73,17% dos vereadores, com 30 votos em 41 possíveis. Já o segundo teve 31 votos entre os 43 vereadores há dois anos. Na época, ele teve a concorrência de Tiago Correia, então no PTN, que conseguiu 10 votos.