A capital baiana se prepara para debater um dos gêneros musicais mais difundidos na cena cultural brasileira. O Seminário Nacional do Samba acontece dia 8 de novembro, na Casa do Benin, um museu no Pelourinho, que reúne um acervo que conta a relação entre a Bahia e o país na África Ocidental. Em sua segunda edição, o evento vai discutir a importância do ritmo para a cultura, articular caminhos viáveis para o fortalecimento mercadológico, desafios da empregabilidade, sustentabilidade e da geração de renda do segmento, além de fomentar o movimento sambista baiano.
Idealizado e organizado pela União das Entidades de Samba da Bahia (UNESAMBA), o seminário trará para o debate o tema “Do ritmo à riqueza: A valorização do samba da Bahia e o papel dos investimentos”. O projeto conta com apoio da Prefeitura Municipal de Salvador, através da Secretaria de Turismo e Cultura e do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Turismo. O tema vai reunir profissionais da produção, comunicação, das artes e é claro, do ramo empresarial, do carnaval e da gestão pública e visa explorar a importância cultural e econômica do samba da Bahia, destacando as oportunidades de valorização e os desafios enfrentados na captação de investimentos.
Na programação, duas mesas devem prender a atenção dos participantes. A primeira, às 14h – Cultura e Sociedade: O Samba como Pilar da Identidade Baiana e Transformação Social, uma discussão sobre a importância do samba enquanto elemento fundamental da cultura baiana, com destaque para o seu papel na construção da identidade coletiva e no fortalecimento de laços comunitários. A mesa abordará como o samba não apenas preserva tradições culturais, mas também contribui para o desenvolvimento social, educacional e comunitário. Serão apresentados exemplos de iniciativas que utilizam o samba como ferramenta de inclusão social e transformação de realidades.
Já a segunda mesa, às 16h – Investimentos e Financiamento: Desafios e Oportunidades. O tema é sustentado no valor econômico do samba da Bahia, incluindo o impacto no turismo e nas economias locais; sobre as principais barreiras e oportunidades para a captação de investimentos no samba da Bahia. Análise de modelos de financiamento e parcerias que podem ser explorados para apoiar a cultura do samba. Os dois assuntos em pauta devem reunir profissionais da produção, comunicação, das artes e é claro, do ramo empresarial, do carnaval e da gestão pública.
Lançado em 2023, o projeto Rota do Samba, uma iniciativa da UNESAMBA, é uma ferramenta criada para discutir estratégias eficazes para fortalecer o samba como patrimônio cultural e promover a sua sustentabilidade financeira, e faz parte das comemorações do Novembro Negro, que reúne o Dia Nacional da Consciência Negra e o Festival Salvador Capital Afro. “Fazem parte dessas comemorações não somente o seminário, mas também a Caminhada do Samba. O que pretendemos com essas iniciativas, é sensibilizar o poder público para a importância de políticas públicas direcionadas para o assunto em questão. Reafirmando os debates abordados na sua primeira edição, ano passado, o encontro também vai debater e articular alternativas viáveis para o fortalecimento mercadológico do ritmo em todo país”, disse Jairo da Mata.
Em sua décima sétima edição, a Caminhada Nacional do Samba, dia 24 de novembro, consagrada no gosto popular, está no calendário oficial da Prefeitura de Salvador. O desfile abre a temporada de eventos nas ruas da capital baiana. O carnaval fora de época, no centro da cidade, acontece no circuito Osmar (Campo Grande/Avenida) e consegue reunir cerca de 800 mil pessoas. Fazem parte do desfile os blocos Alvorada, Alerta Geral, Pagode Total, Proibido Proibir, Reduto do Samba, Vem Sambar, Amor e Paixão, Samba Popular e Que Felicidade (nesta mesma ordem).