Servidores da saúde e diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado (Sindsaúde-Ba) se reunirão com representantes da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), nesta segunda-feira (31), para saber quais providências serão tomadas a respeito da segurança do prédio do órgão que está sob ameaça de desabamento.
Os trabalhadores evacuaram o imóvel na última sexta-feira (28), após protesto realizado pelo sindicato,que exigiu a interdição do local e a transferência dos servidores para outro imóvel do Estado que esteja desocupado até que as obras de recuperação da estrutura do prédio sejam concluídas.
O prédio anexo da Sesab, onde funcionava a antiga Secretaria de Justiça e Diretos Humanos, sofreu danos estruturais graves após incêndio ocorrido em 2014, mas, até então, o Governo do Estado não realizou nenhuma intervenção corretiva na estrutura externa onde trabalham cerca de 200 trabalhadores, entre servidores e terceirizados. Segundo o engenheiro do órgão, Cesar Chastinet, a obra tem previsão de ser iniciada em setembro.
Ele afirmou que o imóvel, aparentemente, não corre risco de desabar, mas reconheceu que o local não passou pela avaliação de um engenheiro estruturalista para atestar quais as verdadeiras possibilidades de risco iminente de desabamento. O engenheiro afirmou ainda que a instalação dos escoramentos na base estrutura foi apenas por precaução.
Diante da falta de garantias por parte da Sesab, os servidores e o Sindsaúde não vão aceitar o retorno das atividades no prédio nas condições atuais. Após o término da reforma, o sindicato vai solicitar uma nova vistoria à Defesa Civil e uma avaliação criteriosa de engenheiro estruturalista para atestar as verdadeiras condições do imóvel.
Atualmente funcionam no prédio anexo da Sesab os setores da Superintendência de Assistência Farmacêutica e Tecnologia em Saúde, Auditoria em Saúde, Diretoria de Regulação em Saúde e a Base Regional de Saúde de Salvador (antiga 1ª Dires). Além do risco de desabamento, os trabalhadores estão sofrendo com problemas respiratórios por causa da fuligem do incêndio que ainda são visíveis nas paredes, janelas e no teto do imóvel.