Um tema delicado que a cada ano tem aumentado os números, principalmente entre os mais jovens, o suicídio. De acordo com a psicoterapeuta integrativa Erika Lins, o suicídio deve ser entendido como uma consequência de fatores anteriores que contribuíram para que o indivíduo tire a própria vida. Segundo dados Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Ainda segundo o levantamento cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida no mundo, a cada ano.
No Brasil esse cenário não é muito diferente, tanto que entre 2007 e 2016, foram registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 106.374 óbitos por suicídio. Em 2016, a taxa chegou a 5,8 por 100 mil habitantes, com a notificação de 11.433 mortes por essa causa. O assunto possui números impressionantes e no Brasil foi instituído o “Setembro Amarelo”, o mês é destinado para conscientização sobre a prevenção do suicídio. A campanha possui adesão de várias instituições, a exemplo do Centro de Valorização da Vida (CVV) e a Associação Brasileira de Psicologia (ABP).
Segundo dados divulgados pela ABP a maior parte dos casos de mortes por suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, geralmente não diagnosticados, tratados de forma inadequada ou não tratados de maneira alguma. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias.
Especialista – A psicoterapeuta integrativa Erika Lins destaca que mudanças no comportamento podem ser sinais para serem observados, principalmente, quando a pessoa passar a agir fora do seu padrão habitual. O indivíduo começa a ficar mais nervoso, mais calado ou até chegar atrasado no trabalho. “Uma ansiedade leva ao stress que por consequência uma possível depressão, o que pode gerar um potencial caso de suicídio”, explica.
De acordo com a Psicoterapeuta, o ideal é que as pessoas tenham o acompanhamento psicológico antes que, por exemplo, a depressão se instale, pois isso ajuda de forma significativa para a reduzir possíveis casos de suicídio. “Eu acredito que um dos fatores que contribuiu, historicamente, para pouca procura preventiva de um especialista é que muitas pessoas tinham o tabu quanto ser atendido por um psicólogo ou ter um atendimento de psiquiatra. Infelizmente algumas pessoas rotulam quem tem esse atendimento de forma pejorativa”, pontua.