Dizem que você só dá valor a algumas coisas quando perde. Saúde é uma delas. No caso do automóvel, o pneu sobressalente é um bom exemplo por ser um eterno esquecido. O motorista só se lembra dele quando fura um pneu, e nem pensa em checar a calibragem ou se tem um estepe dentro da validade.
Fale a verdade: o prezado já viu alguém calibrando os pneus num posto e se lembrando de abrir o porta-malas para verificar a pressão do sobressalente? Eu não! E o problema é que, aos poucos, ao longo do tempo, o estepe pode perder pressão. Tanto que, nas recomendações para a calibragem dos pneus, indica-se aumentar em algumas libras a do estepe, a título de prevenção.
Outra dica é checar a data de fabricação para ver se o estepe está dentro da validade. Qualquer composto de borracha expira, pois o simples contato com a atmosfera provoca uma deterioração que o torna duro, ressecado – e aí surgem trincas perigosas. Cinco a seis anos a partir de sua data de fabricação ele deve ser substituído, ainda que não tenha sido jamais colocado para rodar.
A data em questão está registrada na banda lateral, com as letras DOT seguidas de quatro dígitos. Os dois primeiros indicam a semana, os dois últimos o ano em que foi fabricado. DOT 2715, por exemplo, significa que sua produção aconteceu na 27ª semana de 2015.
Então, muitos motoristas recorrem ao sobressalente no momento de trocar os pneus do automóvel: compram apenas três e completam o jogo com o estepe. Nenhum problema, desde que respeitada sua data de fabricação. Passou de seis anos, ele tem que ser jogado fora pois representa um risco à segurança! Muito condutor estranhou ter um pneu “novinho” (com muita borracha ainda) estourado na estrada. Só não se lembrou de verificar se ainda estava no prazo de validade.
Preste atenção até ao comprar um pneu novo, pois mesmo estocado na loja ele expira. Peça sempre para verificar a data de fabricação.
R7