Quatro presos fugiram da Colônia Penal de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), na manhã deste domingo (9). De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), Geonias Oliveira, a fuga foi notada às 9h20 por outro preso, um ‘farda azul’ – apelido dados aos que trabalham dentro da unidade.
“Eles aproveitaram que a passarela e a guarita não tinham policiamento e usaram uma ‘tereza’ – um corda feita com lençois – para subir na passarela e depois usaram a mesma ‘tereza’ para descer na lage da cozinha. De lá, eles pularam o alambrado e partiram”, conta Geonias. Os quatro fugitivos são Eliezer dos Santos Araújo, Eric Bruno Passos Costa, Maurício Tavares Silva e Renilson da Cruz Silva. Até o momento, nenhum deles foi recapturado.
Segundo Geonias Oliveira, a Colônia Penal de Simões Filho deveria abrigar somente presos em regime semiaberto, porém hoje custodia cerca de 100 presos provisórios em regime fechado e outros 164 no semiaberto. “O local em que funciona a unidade prisional é considerado área de risco, pois fica próximo a um gasoduto. Em caso de acidente, certamente não teria como simplesmente os agentes abrirem as portas e liberarem os presos para que não sofressem os danos de um possível acidente. Por isso, não poderia funcionar como regime fechado”, diz nota do sindicato.
SEGUNDA FUGA – Esta é a segunda fuga da Colônia Penal de Simões Filho em 15 dias. No dia 25 de março, outro preso conseguiu fugir da unidade. Joanderson Carvalho Nascimento estava “solto” no pátio trabalhando como soldador quando conseguiu escapar.
Ele já estava na segunda passagem pela Colônia. Da primeira vez, foi preso por assalto à mão armada. Na segunda entrada, foi levado por tráfico de entorpecentes. Mas, como pertence à facção Comando da Paz (CP) e foi colocado no pavilhão ocupado por presos do Bonde do Maluco (BDM), acabou sendo expulso dos rivais.
A troca de pavilhão não ajudou, já que este também era liderado pelo BDM. “Ele foi sendo expulso, então colocaram ela na ‘farda azul’, porque ele trabalhava de soldador. Depois de soldar toda a unidade, ele fugiu”, conta Geonias.